Um novo promotor foi designado nesta sexta-feira (14) no estado da Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos, para conduzir o caso contra o presidente Donald Trump e outras 14 pessoas acusadas de tentar reverter ilegalmente os resultados das eleições presidenciais de 2020.
Embora um julgamento contra Trump pareça improvável enquanto ele for presidente, o mesmo não ocorre com seus coacusados, entre eles seu ex-advogado Rudy Giuliani e seu ex-chefe de gabinete Mark Meadows.
Na semana passada, o presidente republicano indultou 77 pessoas envolvidas nesse caso, entre as quais estavam Giuliani e Meadows.
No entanto, esses indultos se aplicam apenas à Justiça federal.
Em dezembro de 2024, após a eleição de Trump, a Justiça da Geórgia ordenou a destituição da promotora Fani Willis devido a um relacionamento sentimental com um investigador que ela mesma havia contratado para esse caso.
O prazo para a promotoria da Geórgia nomear um novo promotor se encerrava nesta sexta-feira, caso contrário, o processo seria arquivado.
O promotor Peter Skandalakis anunciou em um comunicado que havia sido designado para assumir o caso, após se candidatar depois de contatar vários colegas que recusaram o oferecimento.
“Meu único objetivo é garantir que este caso seja conduzido de maneira adequada, justa e com total transparência”, afirmou.
Os dois casos federais contra Trump – por tentativas ilegais de reverter os resultados das eleições de 2020 e por retenção de documentos classificados após sua saída da Casa Branca – foram arquivados depois da eleição do presidente em novembro de 2024, sob a política do Departamento de Justiça de não acusar nem processar um presidente em exercício.
Por outro lado, Trump foi condenado criminalmente no estado de Nova York por pagamentos ocultos à atriz pornô Stormy Daniels, mas obteve uma isenção de pena em janeiro, dez dias antes de tomar posse.
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