Bassirou Diomaye Faye, um pan-africanista de esquerda, se tornou presidente do Senegal nesta terça-feira (2) e prometeu uma “mudança sistêmica” na gestão do Estado.

Faye, que será o quinto presidente do país, prestou juramento perante centenas de autoridades senegalesas e diversos chefes de Estado, além de líderes africanos, no Centro de Exposições na nova cidade de Diamniadio, perto de Dacar.

Prometeu, “diante de Deus e da nação senegalesa, cumprir fielmente o cargo de Presidente da República do Senegal”, defender “a integridade do território e a independência nacional e não poupar esforços para a concretização da unidade africana”.

Aos 44 anos, Faye se tornou o presidente mais jovem desde a independência deste país da África Ocidental em 1960.

Em um breve discurso após o juramento, afirmou estar “consciente” de que sua grande vitória no primeiro turno das eleições presidenciais de 24 de março significava “um profundo desejo de mudança sistêmica”.

Faye sucede Macky Sall, de 62 anos, que liderou o país de 18 milhões de habitantes por 12 anos e manteve relações estreitas com o Ocidente e a França.

A alternância nas urnas, a terceira na história do Senegal, marca o fim de um confronto de três anos entre Sall e a dupla vencedora das eleições recentes, Faye e Ousmane Sonko.

No Senegal, 75% da população tem menos de 35 anos e a taxa de desemprego, frequentemente em torno de 20%, leva cada vez mais jovens a fugirem da pobreza e a empreender viagens perigosas rumo à Europa.

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