O novo presidente da Agence France-Presse (AFP), Fabrice Fries, apresentou nesta quinta-feira (12) seu plano de ação ao conselho administrativo, com o objetivo de gerar 30 milhões de euros em volume de negócios adicionais em cinco anos, através de um desenvolvimento acelerado do vídeo.

Fries, que sucedeu Emmanuel Hoog em abril, busca acelerar os investimentos no serviço de vídeo, que transformou em prioridade única e “maciça” para a agência.

A meta é que a imagem (foto e vídeo) represente metade do volume de negócios da agência em 2022, contra os 39% atuais.

Isto vai exigir investimentos acelerados em vídeo, sobretudo nos Estados Unidos, para transformar a AFP em uma agência capaz de competir em vídeo no mesmo nível que suas concorrentes, AP e Reuters.

Sobre a situação financeira da agência, Fries advertiu que a AFP vai precisar fazer frente a “dois ou três anos difíceis”.

Ele indicou que salvo medidas corretivas, a AFP sofrerá uma perda operacional no ano que vem, contra um ganho discreto esperado em 2018.

Informou, ainda, que a AFP precisa de um financiamento de 21 milhões de euros em 2019.

Por isso, disse que está em avaliação a eventual venda da sede histórica da AFP, no coração de Paris, e a construção ou compra de um edifício na capital francesa ou em seus arredores.

No entanto, uma transferência só será possível se forem reunidas duas condições: que o novo edifício reúna todos os serviços redacionais da agência e que a operação represente um importante lucro líquido.

As decisões sobre esta nova estratégia serão tomadas até o fim do ano, principalmente no conselho administrativo, previsto para 5 de outubro.

Fundada em 1835, a AFP está presente em 151 países e emprega mais de 2.400 colaboradores de 80 nacionalidades, que produzem mais de 5.000 notas diárias, 3.000 fotos e 250 vídeos.