O Comitê Olímpico do Brasil (COB) apresentou nesta terça-feira seus primeiros uniformes confeccionados pela nova fornecedora de material esportivo, a chinesa Peak. A empresa assinou contrato até os Jogos Olímpicos de Paris-2024 e fornecerá 150 mil itens ao COB já para os Jogos de Tóquio-2020. A empresa também promete premiação em dinheiro para os atletas brasileiros que subirem ao pódio nas Olimpíadas.

A premiação, cujo valor não foi definido ainda, é apontado pelo COB como um dos diferenciais em relação ao antigo contrato com a Nike, encerrado no fim do ano passado. “Acho que já é uma boa novidade ter uma premiação em dinheiro, uma bonificação, para os atletas que forem medalhistas nos Jogos Olímpicos”, pontuou Agberto Guimarães, diretor executivo de Esportes da entidade. “É um reconhecimento à meritocracia dos atletas.”

Outro ponto destacado pelos dirigentes é que o COB passa a ser a principal “vitrine” da fornecedora de material esportivo – a empresa chinesa já patrocina outros 12 comitês olímpicos, a maioria deles com pouco histórico de medalhas olímpicas.

“Para a gente, é mais interessante ser o número 1 de uma empresa dessas do que talvez ser o número 100 de uma grande marca. O trabalho com a Nike foi maravilhoso, a gente não tem dúvida. O que eu acho é que a Peak vai poder fazer um trabalho muito mais customizado com o Time Brasil”, ponderou Rafael Grabowsky, gerente geral de marketing do COB.

A customização referida diz respeito à possibilidade de profissionais do comitê brasileiro solicitarem uniformes exclusivos, com material mais adequado a cada tipo de prova. “Os uniformes de remo, canoagem velocidade, ciclismo e próprio atletismo, em modalidades mais técnicas, por exemplo. O uniforme do saltador com vara precisa ser mais justo, porque qualquer coisinha pode derrubar o sarrafo”, considerou Agberto Guimarães.

O acordo com os chineses foi assinado no dia 5 e a empresa já confeccionou os primeiros modelos, que serão utilizados pelo Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno, em PyeongChang, na Coreia do Sul, no início do próximo ano.

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A empresa é forte no mercado asiático – é parceira oficial da WTA (que organiza o circuito feminino de tênis) e atua no vestuário e calçados na Ásia e região do Pacífico – e tem penetração nos Estados Unidos graças ao basquete, mas ainda é desconhecida do grade público brasileiro. Por isso, a promessa é de que os produtos oferecidos ao torcedor do País sejam bem mais baratos do que o da antiga parceira, uma reclamação constante nos Jogos do Rio-2016.

PATROCINADORES – Enquanto tenta evitar que a Operação Unfair Play arranhe sua imagem – já que, dentre os investigados, está o presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman -, o COB corre atrás de patrocinadores para o atual ciclo olímpico. Além da fornecedora de material esportivo, o comitê está fechando contrato com a Universidade Estácio e prevê chegar a acordos com pelo menos mais quatro patrocinadores em até um ano.

“A gente está muito feliz com o que conquistamos este ano”, afirma Rafael Grabowsky, “mas queremos ainda fechar com um banco, uma empresa na categoria de aviação, uma na área de saúde ou laboratório, e uma de telefonia.”


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