Novo pacote de sanções da UE esbarra em resistência da Hungria

BRUXELAS, 8 MAI (ANSA) – A União Europeia (UE) continua encontrando resistência para aprovar o sexto pacote de sanções contra a Rússia por causa da invasão à Ucrânia, em decorrência do embargo gradual ao petróleo russo.   

De acordo com fontes europeias, “as negociações tiveram progressos importantes em relação à maioria das medidas, mas ainda haveria trabalho a fazer”.   

Entre as questões que continuam a ser debatidas estão detalhes técnicos, a reconversão de infraestruturas e como garantir a segurança do abastecimento.   

Ainda segundo os relatos, a Hungria ainda se opõem à proposta de Bruxelas que visa proibir as importações de petróleo russo, cujo primeiro-ministro Viktor Orban disse que o embargo proposto atingiria sua economia como uma bomba atômica.   

Inicialmente, a Comissão Europeia propôs a Hungria e Eslováquia, fortemente dependentes de petróleo russo entregue pelo gasoduto de Druzbha, um ano a mais do que os outros países do bloco para encerrar a compra. Logo depois, o documento previa que as duas nações teriam até o fim de 2024 para cortar as importações, enquanto a República Tcheca teria até meados do mesmo ano.   

Além do embargo total ao petróleo russo, o novo pacote de sanções da UE à Rússia pretende retirar mais bancos de Moscou do sistema Swift e congelar os bens de oligarcas. As negociações devem ser retomadas nos próximos dias.   

Neste domingo, os países do G7 também se comprometeram a interromper a importação do petróleo russo, informou a Casa Branca após videoconferência entre os líderes.   

Aniversário UE – Hoje, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, publicou uma mensagem pelo 72º aniversário da UE e disse estar “convencida e otimista de que a nossa União também pode vencer o desafio colocado pela guerra na Ucrânia”.   

“Os cidadãos europeus mostram o caminho. Milhões de europeus, em todos os cantos da nossa União e em todas as esferas da vida, mobilizaram-se para ajudar os seus vizinhos necessitados”, disse ela, lembrando que milhões de pessoas abriram as suas portas aos refugiados ucranianos. (ANSA)