O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deve indicar um nome técnico e sem filiação ao partido para assumir o Ministério das Comunicações, conforme um aliado graúdo do parlamentar relatou à IstoÉ nesta quarta-feira, 23.
O cargo está vago desde que Juscelino Filho (União Brasil-MA) pediu demissão, em 8 de abril, após ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por suspeita de desviar emendas parlamentares para cidade comandada por sua irmã no período em que era deputado.
Líder do União na Câmara, Pedro Lucas Fernandes recusou publicamente o convite do petista para a Esplanada, expondo o desalinhamento interno em relação ao comando da pasta — mesmo com cargos no governo, a bancada abriga nomes de oposição e não demonstra aderência às pautas lulistas no Parlamento.
Diante do impasse com o partido, prevalece a aliança entre Lula e Alcolumbre para a indicação de um nome de confiança do senador. Ainda de acordo com essa fonte, um dos cotados para a escolha é Francisco de Siqueira Filho, presidente da Telebras.
Além da proximidade com o político, Siqueira é considerado um quadro técnico do setor. Dirigiu a Oi, empresa de telefonia, por mais de uma década, e, no período à frente da Telebras — ligada ao Ministério das Comunicações –, ampliou a capacidade de investimento da companhia.
Caso a nomeação se confirme, Alcolumbre ampliará seu leque de indicados no governo, que inclui, entre outros apadrinhados, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o diretor da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), Aharon Alcolumbre, que é seu primo.