No Brasil, excluídos os de tumores de pele não melanoma, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais incidente entre mulheres, e a terceira causa de morte feminina por câncer no País, segundo o Ministério da Saúde. O fato, reforça a importância de se atentar à doença, que pode ser prevenida.

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Para a prevenção primária da condição, o Ministério da Saúde orienta diminuir o risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). Para isso, além do uso de preservativo durante a relação sexual com penetração, é indispensável estar com o esquema vacinal contra o HPV em dia.

O imunizante, inclusive, está com novidade, já disponível no Brasil pela rede Dasa. Trata-se da vacina HPV nonavalente, que protege contra verrugas genitais, causadas pelos sorotipos 6 e 11, e contra câncer de colo uterino, de pênis e de ânus, causados pelos sorotipos 16, 18, 31, 33, 42, 52 e 58.

A vacina HPV nonavalente

Segundo a Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, a novidade acrescenta ainda mais proteção contra uma série de tipos de câncer de colo de útero, já que entre 95% e 99% deles estão relacionados ao HPV.

“A nonavalente oferece uma proteção maior contra o câncer de colo uterino. Enquanto com a vacina comum (quadrivalente), a pessoa se protege contra 70% dos vírus envolvidos no câncer de colo uterino. Com a nonavalente, ela estará protegida contra 90% deles”, pontua Alberto Chebabo, infectologista do Sérgio Franco, que faz parte da Dasa.

A imunização deve ser prioridade para todos. Adultos que não tenham tomado a vacina podem realizá-la mesmo que já tenham tido uma infecção por HPV. Já quem tomou a quadrivalente, pode completar o esquema e aguardar 12 meses da última dose para iniciar o esquema com a HPV 9, que também deve ser completo, com o número de doses referentes a cada idade.

Outra possibilidade é migrar do esquema da HPV quadrivalente para o da HPV nonavalente na época em que a próxima dose de vacina estiver programada, e nessa data iniciar o esquema completo da HPV nonavalente.

“A vacinação e o acompanhamento médico são fundamentais, seja na infância, adolescência ou durante a fase adulta. E é importante que a vacinação ocorra de preferência antes da atividade sexual, mas em todas as fases têm indicação e benefícios”, destaca o especialista.

Vale ressaltar, por fim, que os cuidados de prevenção devem ser mantidos após a vacinação. Para mulheres, ainda, a realização anual do exame Papanicolau é essencial para o diagnosticado precoce da doença, a fim de aumentar as chances de cura em 100%.