Por Angelo Amante

ROMA (Reuters) – Os líderes de um grupo italiano de centro recém-formado disseram nesta quinta-feira que seu pacto oferecerá uma alternativa aos partidos “populistas” de direita e de esquerda em uma eleição nacional marcada para o próximo mês.

A votação de 25 de setembro foi convocada após o colapso do amplo governo de unidade do primeiro-ministro Mario Draghi em julho, quando alguns partidos importantes rejeitaram um voto de confiança. O ex-chefe do Banco Central Europeu renunciou, mas concordou em permanecer como primeiro-ministro interino.

O pacto de centro ocorreu depois que o partido Azione, liderado por Carlo Calenda, surpreendentemente decidiu abandonar a aliança de centro-esquerda, citando a presença de partidos que não apoiaram Draghi como uma das razões.

“Uma alternativa séria e pragmática ao populismo de direita e de esquerda que devastou este país… nasceu hoje”, escreveu Calenda no Twitter depois de assinar o acordo com o partido Itália Viva, do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi.

Azione e Itália Viva estão com cerca de 4% juntos. De acordo com um estudo divulgado na terça-feira, eles conseguiriam cerca de 23 assentos nas duas casas do Parlamento, com o provável efeito de impulsionar a maioria conservadora geral.

Pesquisas mostram que uma aliança conservadora liderada pelos Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni –que também inclui a Liga de Matteo Salvini e o Força Itália de Silvio Berlusconi– deve conquistar uma maioria absoluta.

A lei eleitoral italiana favorece partidos que formam alianças amplas.

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