Nas próximas semanas, o Novo Ensino Médio deve retornar para votação na Câmara dos Deputados. O Ministério da Educação deseja que o Projeto de Lei que altera o formato seja, enfim, aprovado. No ano passado, uma série de polêmicas ao redor do tema eclodiram Brasil afora. Estudantes e professores protestaram por se verem diante de matérias como Brigadeiro Caseiro no lugar de História. Enquanto nada é decidido pelos parlamentares, a volta às aulas começou com variações no Ensino Médio em quase todo o País.

Em São Paulo, os mais de dois milhões de alunos da rede estadual ganharam currículo com maior tempo dedicado à Matemática e Língua Portuguesa. Redação e Leitura, Aceleração para o Vestibular e Educação Financeira estão entre as novas disciplinas.

A respeito dessa última, o ponto é positivo para especialistas. “Essas aulas são essenciais para capacitar os estudantes das escolas públicas a tomarem melhores decisões, contribuindo para o desenvolvimento econômico sustentável. Ganham os jovens, as famílias e a sociedade”, diz Resende Neto, educador financeiro e especialista à frente da Business Solution Tecnologia.

(Divulgação)

“Com Educação Financeira, ganham os jovens, as famílias e a sociedade.”
Resende Neto, educador financeiro

ISTOÉ apurou o que há de novo com secretarias de educação de outros estados.
No Maranhão, agora existe Corresponsabilidades Sociais.
Pernambucanos do terceiro ano têm Línguas e Culturas do Mundo, Designer e Criatividade.
No Paraná, o governo ampliou a Robótica.
Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima agora são aulas obrigatórias no Pará.

Fica a pergunta: as modificações habilitarão 100% o jovem para o Enem e vestibular? “O Ensino Médio tem como objetivo preparar os adolescentes para oportunidades que serão determinantes”, observa a educadora Regianne Ziviani Morais.

“Estas constantes mudanças são grandes desafios para formação, visto que a falta de uma política de Estado consolidada é um dificultador para o desenvolvimento adequado”, finaliza a especialista, que hoje é coordenadora pedagógica no Colégio Nossa Senhora das Dores, em Belo Horizonte.