Fortes chuvas durante o fim de semana deixaram nove mortos e um desaparecido no Haiti, informaram nesta segunda-feira as autoridades. Oito das vítimas perderam a vida em um naufrágio de uma embarcação durante a noite de sábado, e a outra morreu ao ser arrastada pela correnteza de um rio.

Os corpos dos passageiros do barco naufragado foram encontrados na orla do departamento de Artibonito, no centro do país, disse Eric Prevost, diretor do serviço marítimo e de navegação no Haiti.

O pequeno veleiro, procedente da cidade de Bombardópolis, naufragou antes de chegar à Gonaives, capital de Artibonito, devido às péssimas condições de navegação.

O Ministério do Interior também confirmou a morte de um jovem no departamento do Centro, que foi levado pela correnteza ao tentar atravessar um rio.

Nesse mesmo departamento, uma mulher que também tentava atravessar um curso de água está desaparecida.

As chuvas torrenciais que caíram em todo o país durante o fim de semana paralisaram o trânsito na zona metropolitana da capital, Porto Príncipe.

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Diante do perigo de inundações e deslizamentos de terra, as autoridades reiteraram as recomendações de segurança à população.

“Não se deve tentar atravessar, a pé ou em moto, um rio ou uma rua inundada”, lembrou o porta-voz do Ministério do Interior, Guillaum-Albert Méléon.

“Com o problema do esgoto a céu aberto, o lixo e os aluviões levados pela água, pode-se ficar gravemente ferido”, indicou o funcionário.

Na capital haitiana, onde há uma enorme falta de infraestrutura para drenar a água das ruas, as chuvas provocam regularmente graves danos materiais.

A falta de um sistema eficaz de coleta de lixo piora ainda mais a situação das famílias mais pobres que constroem, sem permissão, casas precárias perto de barrancos de lixo.

Já se sabe que todos os anos, de junho a novembro, chegam ciclones ao Haiti. Mas devido à falta total de planejamento urbano em todo o país, as chuvas fortes de abril a junho constituem uma ameaça mortal para os cidadãos mais pobres.

Seis pessoas já tinham morrido após as chuvas torrenciais que caíram na zona metropolitana de Porto Príncipe durante o fim de semana de 23 e 24 de abril.

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