Nos últimos dias o presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar, foi o centro das atenções da imprensa carioca. Mas a grande denúncia é algo que ele sequer quis esconder.

Se sobre o então ex-presidente Lula da Silva no caso triplex e do sítio em São Paulo a acusação era de ocultação de patrimônio, com Bacellar é o incrível caso onde declarar a compra de um imóvel se torna escândalo.

Houve helicóptero sobrevoando uma casa comprada através de transferência bancária e declarada. Um drone mostrando um apartamento onde o mesmo declara que é o seu endereço, até mesmo no registro público de candidatura, e por sinal, alugado. Para piorar, envolvem o nome de um renomado advogado de Campos dos Goytacazes, terra natal do parlamentar, que a cidade toda conhece por seu alto poder aquisitivo. A reportagem apurou que este advogado não teve nenhum negócio com o Governo do Estado.

Mas não é de se estranhar. No Rio, em especial, quem aparece na vitrine – principalmente vindo do interior – é fadado ao apedrejamento público por incomodar adversários da capital e interior. Bacellar é um novato na política fluminense que alcançou a cadeira no 1° mandato. O único a alcançar este feito se tornou governador quatro anos depois.

Nos bastidores consta que o episódio dos imóveis é motivado por “denúncias” de um desafeto político que em sua trajetória tem mais passagens pelo sistema carcerário do que mandatos, onde nem o seu filho dá crédito ao que ele fala.

Nenhum politico é blindado do público. Bacellar não é santo, e nunca quis parecer que é. Mas o que se tem até agora é algo irrelevante que se transformou em pauta como se fosse um escândalo.

Segundo apurado pela Coluna, Bacellar incomodou o cenário. O bombardeio midiático mostra que o principal objetivo não é fiscalizar, e sim, enfraquecer o parlamentar que pode crescer com o poder da caneta até as eleições de 2024 é 2026.