A Nova Zelândia observou um minuto de silêncio nesta segunda-feira em homenagem às vítimas da erupção vulcânica da Ilha Branca, uma semana após o desastre que deixou 18 mortos.

Em todo o arquipélago, os moradores respeitaram um minuto de recolhimento às 14h11 (22h11 de domingo no horário de Brasília), hora em que a dramática erupção começou.

As bandeiras foram hasteadas a meio mastro do lado de fora do Parlamento da Nova Zelândia em Wellington, onde a primeira-ministra Jacinda Ardern interrompeu uma reunião de seu governo antes de se levantar e observar o minuto de silêncio.

“Nossos pensamentos continuam com as famílias daqueles que morreram e com os que ficaram feridos”, disse ela.

Muitas das vítimas eram australianas e o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, anunciou que seus compatriotas também observaram esse minuto de silêncio.

O prefeito de Whakatane, a cidade mais próxima da Ilha Branca, anunciou que as autoridades levaram de barco algumas famílias de vítimas a uma distância segura do vulcão para este momento de meditação.

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A catástrofe deixou 18 mortos, incluindo dois guias da Nova Zelândia e 16 turistas de vários países. Pelo menos oito australianos e dois americanos com residência permanente na Austrália estão entre os mortos.

No momento da erupção, 47 pessoas estavam na ilha, vindos, além da Nova Zelândia, da Austrália, Estados Unidos, Alemanha, China, Malásia e Reino Unido.

Muitos feridos continuam internados em hospitais na Nova Zelândia e na Austrália, em unidades de terapia intensiva devido a queimaduras graves.

O chefe de polícia da Nova Zelândia, Mike Bush, disse que a prioridade é identificar todos os corpos encontrados e localizar os dos dois últimos desaparecidos, que podem estar submersos ao largo da ilha vulcânica.

“Estamos trabalhando com todos os especialistas, incluindo o oficial do porto que conhece essas águas melhor do que ninguém, para tentar descobrir onde essas pessoas podem estar”, disse ele na rádio RNZ.

“Continuaremos esta operação enquanto houver uma chance de recuperar esses corpos”, acrescentou.

Em outra rádio, ele disse que o trabalho pode “levar dias ou semanas”, mas ressaltou que está confiante nas chances de identificar todos os corpos e devolvê-los às famílias.

“É realmente importante que façamos isso bem e o mais rápido possível”, destacou.

Vários turistas que estavam na Ilha Branca navegavam a bordo do cruzeiro “Ovation of the Seas”, que chegou a Sydney nesta segunda-feira de manhã.

A travessia do mar de Tasman foi “um pouco sombria”, disse à emissora Channel Nine Troy, um passageiro que se recusou a dar seu sobrenome.

“A equipe foi muito bem, tentando manter nosso ânimo, mas pudemos ver que era difícil para eles”.



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