A Nova Zelândia se situa em um continente preexistente desconhecido, em sua maior parte submerso, ao sul do oceano Pacífico, e que passará a se chamar Zelândia, anunciaram cientistas responsáveis pela descoberta nesta sexta-feira (17).

Zelândia é uma formação geológica diferenciada que cumpre todos os critérios para ser considerada um continente – possui elevação ao redor de uma área circundante, geologia distinta, área bem definida e com crosta muito mais espessa que a do fundo oceânico, destacaram os cientistas.

Em um artigo publicado no periódico científico Geological Society of America, o GSA Today, os autores explicam que Zelândia tem uma extensão de cinco milhões de quilômetros quadrados, dos quais 94% encontram-se submersos.

De todo o território, apenas três partes se mantêm na superfície: a Nova Zelândia e a Nova Caledônia.

Os investigadores, que pertencem em sua maioria ao centro nacional de investigação científica da Nova Zelândia (GNS), falaram que Zelândia fez parte do supercontinente Gondwana, que afundou há 100 milhões de anos.

“O valor científico de classificar Zelândia como um continente ultrapassa o fato de acrescentar um nome a uma lista”, escreveram.

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“Um continente conseguir estar tão submerso sem se fragmentar faz disso algo útil a ser explorado, a coesão e ruptura da crosta continental”, ressaltaram.

O principal autor da pesquisa, Nick Mortimer, informou que os cientistas estavam há mais de 20 anos reunindo informações para provar a existência de Zelândia. Porém, seus esforços se frustraram porque a maior parte do território estava oculto pelo mar.

“Se pudéssemos esvaziar os oceanos, veríamos claramente onde temos cadeias montanhosas e um grande continente”, contou à um canal de TV neozelandês.

Apesar de não existir nenhum órgão científico responsável pelo reconhecimento de continentes, Mortimer queria que Zelândia se transforme em parte constituinte do planeta Terra.

“Esperamos que Zelândia apareça nos mapas”, disse.


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