Nova York recuperará milhões de dólares gastos para proteger Donald Trump e sua família desde a sua eleição, comemorou nesta segunda-feira o prefeito da cidade, o democrata Bill de Blasio, que pede o reembolso desde novembro.

Esse reembolso faz parte do acordo concluído na noite de domingo entre democratas e republicanos sobre o financiamento do governo federal até setembro.

O acordo, que deve ser adotado formalmente antes do fim de semana, prevê o reembolso de aproximadamente 61 milhões de dólares. Mas uma parte desse dinheiro deve ir para Palm Beach, na Flórida, para onde Trump viajou várias vezes no último inverno (boreal), e para Bedminster, em Nova Jersey, para onde viajará mais frequentemente no verão (boreal).

“Vamos receber o que nos devem”, comemorou de Blasio em um comunicado, agradecendo aos legisladores democratas de Nova York no Congresso que “trabalharam incansavelmente” por esse reembolso.

Segundo o seu comunicado, os gastos de proteção do presidente e de sua família -essencialmente gastos policiais- chegaram a 20 milhões de dólares entre a sua eleição em 8 de novembro e a sua partida para Washington em 20 de janeiro.

Desde então, o custo da proteção dos membros de sua família que permanecem em Nova York -sua esposa Melania e seu filho Barron, de 11 anos, que vivem na Trump Tower, e os dois filhos mais velhos do presidente, Don Jr. e Eric, que cuidam da Trump Organization- ficam entre 127.000 e 146.000 dólares diários, ou seja cerca de 13 milhões para os primeiros 100 dias de governo.

Este gasto diário sobe para 308.000 dólares quando Trump está em Nova York.

O presidente deve chegar a Nova York nesta quinta-feira pela primeira vez desde a posse, para encontrar-se com o primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull no porta-aviões USS Intrepid, transformado em museu.

Sua visita a Nova York será possivelmente cercado por protestos, embora ainda não haja detalhes.

Reduto democrata, a cidade de Nova York é um dos bastiões de resistência a Trump. Os protestos em frente à Trump Tower ou contra o seu governo são frequentes.

O custo da proteção dos Trump em Nova York deve diminuir em setembro, quando Melania e Barron se mudarão para a Casa Branca, após o fim do ano escolar.