Nova tendência, confira 5 “museus empresariais” na Itália

SÃO PAULO, 18 JUL (ANSA) – O “Made in Italy” passa longe de ser só uma etiqueta de marketing. Esse valor empresarial, na verdade, deu vida a uma nova forma de descobrir os bens culturais: o “turismo industrial”, que tem compartilhado, por meio da arte, o próprio patrimônio das empresas italianas.   

Essa realidade artística e cultural é imensa e passa por todos os setores. Para os amantes da moda e do luxo, tem a “Casa Zegna”; Já o Museu Histórico da Piaggio serve para os apaixonados por motores. O Museu Peroni cai bem para quem adora uma cerveja, e o Museu Lavazza, para os que não levantam sem um cafézinho.   

A maioria desses museus oferece entradas gratuitas e estão instalados em cidades que podem agregar mais pontos turísticos no itinerário. Quem montou esse programa tão diverso foi a associação Museimpresa, fundada em 2001, com o objetivo de valorizar as empresas do ponto de vista cultural, prezando pelo patrimônio histórico e documental.   

Confira uma seleção dos melhores museus institucionais italianos: Museu Histórico da Piaggio (Pontedera) – A vespa é um dos símbolos mais italianos do mundo, então, o Museu Piaggio, que se localiza na província de Pisa, oferece ao visitante a possibilidade de passear entre uma preciosa coleção de vespas de todas as épocas, em uma viagem estilo Made in Italy. Depois da visita, é possível continuar a viagem entre as colinas de Valdarno, lugar de produção vinícola de altíssima qualidade, e depois conhecer a Certosa di Pisa, ex-monastério construído em 1366, que hoje funciona como Museu Natural da Universidade de Pisa.   

Museu Lavazza (Turim) – Inaugurado há poucos dias, foi projetado pelo estúdio norte-americano Ralph Appelbaum Associates e se encontra dentro do complexo Nuvola Lavazza, um novo centro de direção da empresa. O espaço, que oferece cinco diferentes galerias para visitar, permite uma viagem sensorial pela cultura global do café.   

No entorno, uma sugestão é caminhar no Parque Valentino, com elegantes praças, árvores e rios. Também perto, é possível visitar o complexo barroco de Stupiningi, projetado em 1730, que se tornou Patrimônio Mundial Humanitário da UNESCO.   

Casa Zegna (Trivero) – Espaço criado pelo grupo Ermenegildo Zegna, que hospeda documentos, fotografias, filmes, desenhos técnicos e objetos produzidos nos 100 anos de atividade da marca. Além disso, uma mostra chamada “Ermenegildo Zegna, 100 anos de tecidos, inovação e estilo”, que conta a história da grife.   

Depois dessa visita luxuosa, o Oasi Zegna é uma boa opção. Uma área montanhosa protegida, em meio a natureza, de mais de 100 quilômetros quadrados, onde se pode fazer trekking no Bosque do Sorriso, praticar esportes e experimentar a gastronomia local.   

Galleria Campari (Sesto San Giovanni) – Para os amantes da comunicação, da arte e da bebida, essa é uma boa opção.   

Visitando o espaço, se caminha entre campanhas publicitárias assinadas por artistas como Bruno Munari, Fortunato Depero, e entre objetos criados por designers como Matteo Ragni e Markus Benesch. Além disso, a galeria recebe constantemente mostras de arte contemporânea.   

Ao fim da visita, o aconselhado é passear entre as ruas de Sesto, a considerada “Cidade das fábricas”, que se apresenta como um itinerário industrial a céu aberto.   

Museu Birra Peroni (Roma) – Etapa obrigatória para os amantes de cerveja, o museu atravessa os momentos mais significativos da marca, que tem mercado ativo na Itália desde 1846, com um percurso de garrafas, maquinários restaurados e fotografias históricas de campanhas publicitárias da Peroni.   

Perto do Museu, em Tivoli, estão dois dos lugares mais belos da Itália: Villa di Adriano, a maior residência do mundo antigo, e Villa d’Este, com suas 500 fontes e jardins elegantes, representando uma experiência de descobrimento única. (ANSA)