A prática de extorsão com imagens de nudez, conhecido nos EUA como “Sextortion”, refere-se ao uso de fotos íntimas para chantagear alguém, e a está se tornando algo surpreendentemente comum, segundo um grupo de estudiosos.

Ainda que o termo “sextortion” não seja uma palavra real, ela é usada pelos promotores para se referirem a um delito que não se restringe a uma única categoria.

Dependendo do local em que se esteja nos Estados Unidos, o delito pode ser considerado pornografia infantil, perseguição, extorsão ou pirataria digital. Mas “sextortion” como crime ainda não existe, disseram os estudiosos, que afirmam ter realizado o primeiro estudo profundo de uma perigosa ameaça que ronda o ciberespaço.

O “sextortion” pode abranger a invasão do computador de alguém e o roubo de fotos ou vídeos sensuais e depois fazer uso das imagens para extorquir as vítimas.

A Brookings Institution estudou 78 casos reportados nos últimos anos para chegar à definição de “sextortion”.

Os casos estudados envolvem pelo menos 1.379 vítimas. Mas por diversas razões, o número real de vítimas dos 78 casos poderia aumentar de 3.000 para 6.500 ou mais, segundo o estudo.

Um relato acompanhado pelo mesmo grupo de estudiosos detalhou como as sentenças a pessoas condenadas nestes casos podem variar, já que alguns são julgados na esfera federal e outros na estadual.

A chave para o fim da disparidade, adicionou, é o Congresso aprovar uma lei federal relativa à “sextortion”, incorporando elementos presentes no estatuto federal quanto ao abuso sexual, extorsão, pornografia infantil, e contado sexual abusivo.

Uma mulher envolvida no caso de “sextortion” abriu o email de um remetente desconhecido e achou fotos íntimas explícitas suas, dados sobre seu trabalho, marido e três filhos, que exigia um vídeo pornográfico dela.

“E se ela não enviasse isso em um dia, ele ameaçava publicar as imagens que estavam sob seu domínio, e iria ‘deixar a família saber sobre o seu lado sombrio,'”, destacou o estudo.

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