Milhares de manifestantes exigiram a renúncia do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu neste sábado em frente a sua residência oficial em Jerusalém, com slogans como “ministro do crime” ou “libertem Israel”.

Apesar da pandemia do coronavírus, nos últimos meses milhares de pessoas se reúnem todos os sábados à noite em todo o país para exigir a saída do primeiro-ministro, no poder sem interrupção desde 2009.

Netanyahu, o líder do Likud (conservador), venceu as últimas eleições, em março, e formou um governo de coalizão com seu rival, Benny Gantz, para tirar o país da maior crise política de sua história.

Neste sábado, milhares de israelenses (cerca de 10.000, segundo a mídia local) se reuniram à noite para exigir a renúncia do presidente, a quem acusam de corrupção e de ter administrado mal o impacto econômico da pandemia COVID-19.

Segundo a polícia, foram feitas sete prisões.

“Espero que as coisas mudem e que o obriguem a ceder seu posto a outro. Ele não é um primeiro-ministro honesto. Ele é acusado em um processo e pensa mais em salvar seus interesses do que defender os de seu país”, disse à AFP Ora, um manifestante do norte que viajou três horas de estrada para participar do protesto.

Vários participantes da marcha usavam máscaras estampadas com a frase “Ministro do Crime” ou carregavam faixas que diziam “Você está demitido”, “Israel livre” ou “Belarus, Líbano, Israel, estamos unidos, revolução!”.

Netanyahu é acusado de corrupção, desfalque e quebra de confiança em vários casos.

Ele é o único primeiro-ministro na história de Israel a ter sido acusado durante seu mandato.