Várias linhas ferroviárias do Reino Unido foram interrompidas nesta sexta-feira (5) por uma greve de maquinistas que pedem aumentos salariais, uma paralisação que no sábado e na segunda afetará as comunicações com aeroportos internacionais.

Os afiliados ao sindicato Aslef, que trabalham para cinco companhias ferroviárias como a CrossCountry e Avanti West Coast, formaram piquetes de greve do lado de fora das estações nesta sexta, no âmbito de uma mobilização que se estenderá por três dias.

No sábado, será a vez dos maquinistas que trabalham em outras seis companhias, incluindo a que se encarrega das linhas que chegam ao aeroporto londrino de Heathrow.

Na segunda, a greve vai afetar outras oito empresas, algumas delas prestam serviço aos aeroportos de Stansted e Gatwick, também em Londres.

O movimento de paralisação começou há mais de um ano.

“De novo, nossos membros votaram maciçamente a favor da greve”, destacou o secretário-geral do Aslef, Mick Whelan, apontando que os maquinistas não ganham aumento salarial desde 2019.

Em abril de 2023, a federação do setor, Rail Delivery Group, propôs aumentar de 60.000 para 65.000 libras anuais (de 378 mil para 410 mil reais) o salário médio dos maquinistas de trem, uma oferta que Whelan tachou de “ridícula”.

Outros sindicatos do setor, como o RMT, sequer chegaram a um acordo com as empresas.

No último ano e meio, a alta dos preços no Reino Unido foi motivo de greves em setores como o da saúde, da educação e dos transportes.

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