O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu nesta quarta-feira, 13, que a nova gestão do Banco Central desta vez terá apoio da dimensão fiscal do governo. “Vamos tentar a reforma da Previdência, vamos partir para a cessão onerosa, vamos privatizar. Se conseguirmos a metade do esforço fiscal, já será um sucesso”, afirmou, em discurso na cerimônia de transmissão de cargo do novo presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Guedes mais uma vez se disse otimista com a aprovação da reforma da Previdência. “O problema da Previdência está aí e o teto não para se não tiver as paredes do lado”, Entramos para fazer um trabalho e vamos fazer o trabalho, não vamos recuar. Mas quem decide é o Congresso e o presidente (Jair Bolsonaro)”, completou.

Mais uma vez, Guedes reforçou que a reforma previdenciária precisa de uma potência fiscal de pelo menos R$ 1 trilhão. “O sistema de capitalização poderá ser lançado se a reforma tiver potência para financiar a transição de regime previdenciário”, repetiu.

Para ele, “essa geração” precisa ter coragem de pagar esse custo de R$ 1 trilhão. “Eu digo sempre: vocês não vão derrotar o projeto do Paulo, mas sim seus filhos e netos. Se o Congresso desidratar a reforma para R$ 500 bilhões eu não consigo lançar a capitalização e vocês vão condenar seus filhos”, alertou.

O ministro disse ainda que a Previdência é a primeira grande despesa a ser atacada, seguida pela despesa de juros da dívida. “A noção habitual é de que não há o que fazer (sobre essa despesa), mas isso é falso. É possível trabalhar pela reestruturação patrimonial”, considerou. “Com uma boa gestão de ativos e passivos podemos reduzir esse custo da dívida interna”, completou.

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