Uma nova caravana de cerca de 300 migrantes, a maioria procedente da América Central, partiu neste sábado (4) da cidade de Tapachula, no estado de Chiapas, no sul do México, rumo aos Estados Unidos.

Formado principalmente por salvadorenhos, hondurenhos e guatemaltecos, além de alguns haitianos e venezuelanos, o grupo deixou Tapachula a pé, onde seus integrantes pernoitaram. Depois, seguiram a rodovia costeira Tapachula-Mazatán carregando crianças nos braços, malas e garrafas de água.

Esta é a quarta caravana em uma semana que inicia sua viagem aos Estados Unidos, em meio a intensas operações da Guarda Nacional e de agentes do Instituto Nacional de Migração (INM), que buscam prender esses requerentes de asilo.

Como as outras caravanas de migrantes, eles decidiram deixar Tapachula, a fronteira com a Guatemala, acusando as autoridades mexicanas de não lhes darem documentos de imigração para permanecerem legalmente no país.

Ativistas e agências das Nações Unidas que os acompanharam em sua jornada denunciaram o uso excessivo da força por parte de agentes mexicanos. O INM suspendeu dois desses agentes por terem espancado um imigrante.

O governo mexicano insistiu, porém, em que manterá sua política de contenção de imigrantes.

Na quinta-feira (2), o presidente Andrés Manuel López Obrador disse que enviará uma carta ao presidente americano, Joe Biden, para reiterar sua proposta de conceder vistos de trabalho a centro-americanos e mexicanos e de atacar a imigração irregular na raiz.

Fugindo da violência e da pobreza em seus países de origem, os imigrantes procuram chegar aos Estados Unidos em busca de refúgio.

Após a chegada do democrata Biden à Casa Branca, multiplicou-se o número de imigrantes que tentam fazer a travessia em condição ilegal do México, muitos deles menores desacompanhados.

Para conter a imigração em situação ilegal, o governo mexicano destacou mais de 27.000 militares das Forças Armadas para suas fronteiras no sul e no norte do território.