AÇÃO O remédio baixa a quantidade de vírus rapidamente

É consenso entre a comunidade científica que uma nova pandemia de gripe acontecerá. Por isso, ao mesmo tempo em que parte dos pesquisadores busca vacinas mais eficazes contra o Influenza, o vírus causador da doença, outra procura remédios para impedi-lo de se replicar e matar os mais fragilizados. Nessa área, a novidade é o Xofluza, remédio recém-aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), a agência americana responsável pela liberação de medicamentos nos Estados Unidos.

Ele não é o primeiro a atuar sobre o Influenza. O Tamiflu e o Relenza já fazem isso. Mas o Xofluxa é a primeira novidade no campo depois de vinte anos e apresenta um modo diferente de atuação.

Adesão
Enquanto os outros dois impedem que cópias do vírus saiam das células infectadas para contaminar outras, o Xofluza não permite que o Influenza produza cópias dentro das células.

Essa característica faz com que o remédio baixe a concentração de vírus rapidamente. “Isso diminui a velocidade de propagação do vírus na população, mas ainda não temos evidências populacionais”, explicou à ISTOÉ Andrew Pavia, chefe da Divisão de Doenças Infecciosas Infantis da Universidade de Utah (EUA), envolvido nos estudos da droga.

O remédio deve ser tomado uma vez por dia, durante cinco dias. Os outros são ingeridos duas vezes ao dia, o que atrapalha a adesão. “Ele também funciona contra variantes do vírus resistentes”, disse Pavia. Para uma área tão necessitada de recursos de ação rápida, qualidades assim fazem diferença, em especial em tempos de endemias, quando a questão tempo é vital para seu controle. CP

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