A toxina botulínica, popularmente conhecida como botox, é um dos principais procedimentos estéticos para amenizar e prevenir os sinais do envelhecimento. Apesar do efeito positivo, seu curto tempo de duração, de 4 a 6 meses, costuma não ser tão agradável. No entanto, esse problema já pode ser solucionado, graças a um novo produto que promete resultados eficazes por mais tempo.

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Aprovado recentemente pela Food and Drug Administration (FDA — agência regulamentadora dos Estados Unidos), para uso terapêutico, o Daxxify,  medicamento desenvolvido pela Revance Therapeutics, é a nova alternativa ao botox tradicional e promete efeito até 9 meses.

É uma nova toxina botulínica, com estrutura semelhante as outras disponíveis no mercado”, que se diferencia por conter “uma proteína denominada RTP004, que permite uma ligação mais duradoura com a inervação motora”, explica Victor Bechara, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e professor de Cosmiatria e de Doenças Dermatológicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Além do maior tempo de duração, a novidade reúne outros diferenciais, segundo estudos iniciais. “É uma toxina mais ‘pura’, com menor potencial de criar anticorpos e produzir resistência — diminuição de resposta com aplicações subsequentes”, comenta Victor, complementando que “a presença da proteína RTP004 faz com que essa toxina se ligue mais ao neurônio motor, diminuindo sua chance de difusão”. Contudo, o profissional destaca que ainda é preciso mais estudos clínicos.

O Daxxify já chegou ao Brasil?

As indicações do Daxxify são semelhantes às outras marcas. No entanto, o dermatologista informa que, como qualquer outro produto em fase inicial, as indicações começam em menor escala e, conforme seu uso clínico, são expandidas. “Atualmente, na área estética, está liberada pelo FDA para uso de rugas glabelares (do bravo) e é utilizada, também, nos estudos para distonia cervical. Com o tempo e uso da mesma, as indicações irão incluir outras queixas estéticas dos pacientes”, pondera o profissional.

Apesar das expectativas, o produto ainda não previsão de data para ser lançado no Brasil. Victor explica que, para isso, é preciso liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), podendo demorar cerca de um ano.

Consequentemente, os valores ainda não foram estabelecidos no país. Contudo, por se tratar de uma nova tecnologia de maior tempo de duração, o produto deve ter custo mais elevado. Vale ressaltar que a toxina botulínica tradicional está avaliada a partir de R$ 1.000 por sessão.