As taxas de juros futuros operam em queda nesta segunda-feira, 11, em meio ao fortalecimento das apostas de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além de o número de parlamentares favoráveis ao impedimento da presidente continuar a crescer, ganhou destaque no final de semana a posição da ex-senadora Marina Silva, do Rede Solidariedade, e de alguns diretórios estaduais do PP.

Às 9h50, o DI para janeiro de 2018 exibia taxa de 13,42%, em relação ao patamar de 13,55% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 estava em 13,60%, de 13,75% no ajuste anterior.

O noticiário político foi relevante no final de semana. Os diretórios do Partido Progressista (PP) em diversos Estados, incluindo São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná, decidiram apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, ao contrário do defendido pelo presidente nacional do partido, o senador Ciro Nogueira (PI).

Em Chicago, nos Estados Unidos, a líder do Rede Sustentabilidade, Marina Silva, defendeu que seu partido vote a favor do impeachment na Câmara dos Deputados. Apesar de defender uma posição do partido, Marina Silva afirmou que haverá liberdade de votação no plenário.

Até a noite de domingo, um total de 291 parlamentares ouvidos pelo Grupo Estado já se posicionavam a favor do impeachment.

No cenário econômico, destaque para a desaceleração do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) na primeira prévia de abril. O indicador ficou em 0,31%, segundo divulgado nesta segunda pela Fundação Getulio Vargas (FGV), contra alta de 0,43% na primeira prévia de março.

O Boletim Focus também aponta expectativas menos elevadas para o IPCA e para o IGP-M, assim como um cenário ainda mais adverso para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2016. Essa combinação torna ainda mais difícil uma elevação na taxa de juros.