Roberto fala um pouco mais do som que sedimentou ao lado de Rita em 1980.

O rock e o blues podem aprisionar a linguagem de um músico para sempre. Podemos dizer que você conseguiu se libertar disso?

A minha origem está no piano e nos teclados. Mas eu ouvia e tocava de tudo, música de todo lugar, de todas as etnias, muita MPB e tangos, boleros, blues, jazz e muito rock, claro. Mas foi depois de ouvir Beatles que resolvi partir para a guitarra. E tem uma época grande que a base era boogie woogie no piano, rock e blues na guitarra e bossa nova no violão. Mas sem sectarismo.

É raro vê-lo envolvido em gravações com outros artistas sem que você esteja ao lado de Rita, que não faz mais shows. O que explica sua pouca presença nos palcos ou nos estúdios sem Rita?

Acho que é porque não me convidam (risos). Ou então, quando convidam, vem uma intenção subjacente de trazer a Rita junto, o que não é necessariamente possível. Não tenho vontade de palco. A retirada estratégica foi de nós dois. Estamos vivendo numa espécie de retiro já há seis anos. E recentemente até fizemos algumas aparições no Instagram, mas um lance espontâneo, sem pretensão.

Como anda sua música interna? Não é preciso fazê-la sair de alguma forma? Ou você não tem essa necessidade de tocar e compor com mais frequência?

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Intensa. Temos música nova. Logo mais virá à tona.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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