O Lanús conquistou neste sábado o seu segundo título da Copa Sul-Americana ao superar o Atlético-MG nos pênaltis, por 5 a 4, no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção. Em uma final sonolenta, com poucos lances perigosos, houve mais de 120 minutos de jogo sem gols. O time mineiro foi ligeiramente melhor enquanto a bola rolou, mas protagonizou uma partida de nível técnico e intensidade bastante inferiores ao que se esperava.
O Atlético-MG lamenta o vice, mas terá papel importante ainda na temporada, pois enfrenta Flamengo e Palmeiras ainda pelo Brasileirão. Na próxima terça-feira, às 21h30, acontece o encontro com o time rubro-negro na Arena MRV. Contra a equipe alviverde, o duelo está marcado para o dia 3 de dezembro, também em Belo Horizonte.
A partida começou equilibrada. O Atlético-MG priorizava jogadas de velocidade, enquanto o Lanús controlava mais a bola e tentava bolas longas. A equipe mineira foi melhorando aos poucos, mostrou maior volume e começou a levar perigo à meta argentina. Em cobrança de falta, Bernard acertou a trave, aso 26.
O Lanús voltou a pressionar o Atlético, mas havia clara diferença técnica entre os dois times. Os argentinos pareciam viver uma tarde pouco inspirada. Os mineiros poderia ter pressionado mais e levado mais perigo, mas a tensão típica de uma final se tornou um freio no primeiro tempo, que terminou sem gols.
O tom da etapa inicial se repetiu no segundo tempo. Os dois times ainda muito cautelosos, mas o Atlético-MG permaneceu mais perigoso e levou perigo com Dudu, Junior Alonso e Hulk.
Até 30 minutos da parte complementar, nenhum técnico fez qualquer substituição. O Atlético dava impressão de que poderia ir além e chegar ao gol ainda nos 90 minutos. Retraído, o Lanús parecia satisfeito com a igualdade.
Apenas aos 33, Sampaoli mexeu no Atlético. Gustavo Scarpa entrou na vaga de Bernard. A alteração pouco impactou a partida. Depois entraram Caio Paulista e Alexsander, que também pouco fizeram.
A partida sonolenta terminou o seu tempo regulamentar sem gols e foi para a prorrogação de 30 minutos. O técnico do Lanús tinha como cartada especial o fato de ter feito apenas uma substituição em 90 minutos, podendo fazer mais cinco no restante da final, enquanto o Atlético poderia fazer mais três.
Caio Paulista e Biel armaram um bom lance no primeiro momento perigoso do Atlético-MG na prorrogação, mas a finalização foi para fora. Biel, aos 11, recebeu cruzamento preciso de Scarpa e, mesmo livre, cabeceou mal e facilitou a defesa de Losada.
ny em ação no duelo com o Lanús na final da Sul-Americana. Foto: Daniel Duarte/AFP
Cansado, Hulk tinha dificuldade de se movimentar à frente e tomar boas decisões. O Lanús demonstrou mais fôlego e começou a ficar mais com a bola. O Atlético, então, apelou para algumas tentativas de contragolpe. Numa dessas, Biel chegou na cara do gol, em complemento de triangulação com Igor Gomes e Hulk, mas foi parado pelo goleiro, aos 7 do segundo tempo da prorrogação.
Nos minutos finais, o Lanús arrancou alguns suspiros dos torcedores por lances criados na proximidade da área atleticana. Ainda assim, o 0 a 0 persistiu no placar e a decisão foi para os pênaltis.
Nas penalidades, Losada brilhou e pegou as cobranças de Hulk e Biel. O goleiro atleticano defendeu a cobrança de Bou e viu Acosta chutar para fora. Everson cobrou um pênalti decisivo e deu sobrevida ao Atlético-MG. Ficou nos pés do zagueiro Vitor Hugo a penalidade final, e o jogador perdeu e deu a vitória ao Lanús por 5 a 4.
LANÚS 0 (5) x (4) 0 ATLÉTICO-MG
LANÚS: Losada; Pérez (Méndez), Izquierdoz, Canale e Marcich; Medina (Lautaro Acosta), Cardozo e Marcelino Moreno (Juan Ramírez); Salvio (Watson), Castillo (Walter Bou) e Carrera (Aquino). Técnico: Mauricio Pellegrino.
ATLÉTICO-MG: Everson; Ruan, Vitor Hugo e Junior Alonso; Igor Gomes, Alan Franco (Alexsander), Bernard (Gustavo Scarpa) e Guilherme Arana (Caio Paulista); Dudu (Biel), Hulk e Rony (Saravia). Técnico: Jorge Sampaoli.
ÁRBITRO: Piero Maza (CHI).
CARTÕES AMARELOS: Izquierdoz, Hulk e Alan Franco.
PÚBLICO E RENDA: Não disponíveis.
LOCAL: Estádio Defensores del Chaco, em Assunção.