No primeiro evento na piscina de ondas do norte-americano Kelly Slater, o Brasil fez bonito com dois surfistas fazendo a dobradinha no pódio. Gabriel Medina foi o campeão, enquanto que Filipe Toledo ficou na segunda colocação. No feminino, a vitória foi da havaiana Carissa Moore, com a australiana Stephanie Gilmore em segundo.

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“Eu fiquei nervoso, mas gostei desse formato de competição. Será um dia que ficará para sempre na memória. É o futuro acontecendo agora. A gente está vivendo um sonho. Foi uma honra viver isso junto com os melhores do mundo”, afirmou Gabriel Medina.

A WSL (Liga Mundial de Surfe, da sigla em inglês) testou um novo formato de competição. Os 10 atletas no masculino e as oito no feminino pegaram quatro ondas cada, sendo duas para a direita e duas para a esquerda. A pontuação final era a soma da melhor onda para um lado e a melhor para o outro – esse sistema faz com que se compute uma onda surfada de frente para ela e outra de costas.

“Essa onda é incrível, é a onda dos sonhos, que temos de viajar horas, dias, para buscar uma onda como essa e às vezes nem acha. Tivemos a oportunidade de ter ela tão fácil. Na verdade, estamos vivendo o futuro. É uma onda que qualquer surfista sonharia ter no seu quintal”, disse Gabriel Medina.

O evento testou a tecnologia criada por Kelly Slater para formação de ondas para o alto rendimento. Ele trabalhou nisso em segredo por quase uma década e na última terça-feira foi o grande teste. A WSL filmou o evento e inovou na exibição dos tubos, por exemplo, quando exibia no telão o tempo que o atleta ficava encoberto pela onda.

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“Ter a capacidade de replicar, mesmo que parcialmente, o poder e a forma das ondas para qualquer pessoa no mundo, em qualquer local e a qualquer momento, é uma coisa verdadeiramente mágica”, afirmou Sophie Goldschmidt, diretora executiva da WSL. “Ainda vamos aprender muito sobre como essa tecnologia pode ser aplicada para os eventos ao vivo, como é a performance dos surfistas, como damos a pontuação”.

Os atletas presentes consideraram o evento como um “dia mágico” e com o sucesso do primeiro teste outros devem ocorrer nos próximos meses. Depois disso, não será surpresa se nos Jogos de Tóquio-2020 os organizadores optarem por piscina de ondas artificiais para a estreia do surfe no programa olímpico.


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