A justiça norueguesa negou nesta segunda-feira qualquer garantia a Edward Snowden, ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, de não ser extraditado caso viaje à Noruega para receber um prêmio.

Snowden, acusado de espionagem nos Estados Unidos depois de ter revelado a magnitude dos programas de vigilância da NSA, havia iniciado uma ação civil contra o ministério da Justiça para tentar invalidar qualquer processo de extradição futuro.

O tribunal de Oslo informou nesta segunda-feira que rejeitou o pedido.

A corte afirmou concordar com a análise do ministério, que considera que um procedimento de extradição não pode ser impugnado ante uma jurisdição antes de ser ativado, ou seja, antes de Snowden pisar em território norueguês e do governo dos Estados Unidos solicitar sua extradição.

Edward Snowden, de 33 anos, foi anunciado em março como o vencedor do prêmio Ossietzky de liberdade de expressão, atribuído pelo braço norueguês do PEN Club. O prêmio será entregue em 18 de novembro.

Desde que chegou a Moscou em junho de 2013, Snowden não deixou a Rússia, país que concedeu asilo.

Em setembro de 2015, Snowden não compareceu a Noruega para receber o prêmio Bjørnstjerne Bjørnson de liberdade de expressão. Ele fez o discurso de agradecimento por videoconferência.