14/06/2024 - 13:21
Diversas personalidades usaram às suas redes sociais para se manifestam contra o projeto de lei que compara aborto a homicídio. Famosas como Anitta, Daniela Mercury, entre outras se posicionaram contra o PL nº 1.904/24, protocolada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e que teve requerimento de urgência aprovado na quarta-feira, 12, na Câmara. O projeto prevê que a pena de um aborto, legal ou não, acima da 22ª semana deve ter pena equiparada à do crime de homicídio.
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“Nojento e cruel”, “afrontoso” e “absurdo”, foram algumas das críticas. A nossa reportagem lista abaixo quem é contra a PL que compara aborto a homicídio. Confira!
Anitta (cantora): “Você já imaginou ser vítima de estupro, engravidar do seu estuprador e ser presa por mais tempo do que seu estuprador porque interrompeu a gestação fruto da violência?”.
Daniela Mercury (cantora): “O presidente vai vetar e provavelmente não passe no Senado, e a gente ainda tem o Supremo Tribunal Federal. Acho que eles não estão querendo gastar energia com um assunto dessa magnitude e que não vai passar mesmo. Não vai ser aprovado, não vai chegar a virar lei. Mas isso mostra a cabeça da Câmara, com o que ela está preocupada em vez da gente avançar em direitos. Eles estão preocupados em votar algo que é afrontoso contra as mulheres brasileiras, contra as crianças brasileiras e contra direitos já adquiridos. E isso fere a nossa alma”, disse à Quem.
“É irritante e uma perda de tempo tamanha. Tem tanta coisa importante para ser votada e ficam perdendo tempo com coisas dessa magnitude, agressivas e ofensivas com a população”, completou.
Luísa Sonza (cantora): “Criança não é mãe”; “É isso que os fundamentalistas querem: torturar meninas vítimas de violência” e; “A vida de uma mulher vale menos que a vida de um estuprador?”. Já Falabella compartilhou notícias sobre o projeto e disparou: “É sobre o ódio às mulheres”, e outra postagem, que dizia: “O crime mesmo é ser mulher”.
Luana Piovani (atriz e apresentadora) A loira compartilhou uma publicação, nos Stories do Instagram, que afirma que o PL levará à criminalização da interrupção de “gravidez fruto de violência”, principalmente no caso de crianças, que é mais difícil reconhecer a gravidez.
Samara Felippo (atriz): “Estamos falando de crianças que viram mães através de um estupro. É muito absurdo, e deixar isso passar é de uma crueldade tão bisonha”.
Teresa Cristina (cantora): Em vídeo publicado no Instagram, a artista pediu para os seguidores pressionarem as lideranças da Câmara dos Deputados para que o texto do PL não seja aprovado. “Crianças vítimas de abuso podem perder o direito ao aborto legal, caso a gestação tenha mais de 22 semanas. Nos casos de violência sexual infantil, é mais difícil identificar a gravidez, por isso a demora no reconhecimento. Não vamos deixar esse projeto passar”.
Titi Müller (apresentadora): “Está em tramitação na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei que quer equiparar o aborto após 22 semanas de gestação equivalente ao crime de homicídio, inclusive em caso de estupro de crianças”, escreveu.
“É monstruoso. É perverso. É um retrocesso difícil de adjetivar de tão absurdo. A violência da bancada conservadora precisa ser combatida. Pressione!”, afirmou ela.
ONU cobra Brasil sobre legalização do aborto
A ONU (Organização das Nações Unidas), no início deste mês, cobrou o Brasil para legalizar o aborto. “Em um país em que, nos últimos 10 anos, a média de partos de meninas com menos de 14 anos foi de mais de 20 mil por ano, sendo 74,2% negras, não é admissível que novas barreiras sejam impostas para que o aborto legal seja realizado”, diz trecho da recomendação do Comitê sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (Cedaw).