ROMA, 09 OUT (ANSA) – O alemão John Goodenough, o britânico Michael Stanley Whittingham e o japonês Akira Yoshino ganharam nesta quarta-feira (9) o prêmio Nobel de Química 2019.

Os três cientistas conquistaram a honraria por suas contribuições ao desenvolvimento das baterias de íons de lítio, usadas hoje em celulares, notebooks e carros elétricos.

Em um comunicado, a Real Academia de Ciências da Suécia, responsável por designar os vencedores, disse que as baterias de íons de lítio “revolucionaram nossas vidas” e criaram um “mundo recarregável”.

Segundo a nota, Goodenough, Whittingham e Yoshino lançaram as bases de uma “sociedade sem fio e sem combustíveis fósseis”.

Essa tecnologia tem suas raízes na crise do petróleo da década de 1970, quando Whittingham trabalhava para desenvolver métodos alternativos à energia gerada por combustíveis fósseis.

Os três cientistas dividirão um prêmio de 9 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3,7 milhões). Goodenough, 97 anos, nasceu em Jena, na Alemanha, e trabalhou nos Estados Unidos a partir de 1952, primeiro na Universidade de Chicago e depois na do Texas.

Ele se tornou a pessoa mais idosa a receber o Nobel.

Whittingham, 78, é do Reino Unido e lecionava na Universidade de Oxford, mas depois se transferiu para os EUA, onde deu aulas na Universidade de Nova York. Yoshino, 71, passou pelas universidades de Osaka e Meijo.

Prêmios – A edição 2019 do Nobel já premiou os americanos William Kaelin e Gregg Semenza e o britânico Peter Ratcliffe (Medicina), e o canadense James Peebles e os suíços Michel Mayor e Didier Queloz (Física).

Os vencedores do Nobel de Literatura em 2018 e 2019 serão divulgados nesta quinta (10) – a edição do ano passado não foi realizada por causa de um escândalo sexual -, um dia antes do anúncio do ganhador do Nobel da Paz.

A semana de premiações será encerrada na próxima segunda-feira (14), com a designação do ganhador do Nobel de Economia. (ANSA)