ROMA, 13 OUT (ANSA) – O francês Philippe Aghion, o canadense Peter Howitt e o americano-israelense Joel Mokyr conquistaram nesta segunda-feira (13) o Nobel de Economia, encerrando a temporada de premiações de 2025.
De acordo com a Real Academia de Ciências da Suécia, o trio foi escolhido “por ter explicado o crescimento econômico impulsionado pela inovação”.
Metade do prêmio de 11 milhões de coroas suecas (valor equivalente hoje a cerca de R$ 6,3 milhões) irá para Mokyr, professor da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, “por ter identificado os pré-requisitos para um crescimento sustentado através do progresso tecnológico”.
Já a outra metade será dividida igualmente entre Aghion, docente da Collège de France, em Paris, e Howitt, da Universidade Brown, nos EUA, devido à “teoria do crescimento sustentado através da destruição criativa”.
“O trabalho dos laureados demonstra que o crescimento econômico não pode ser considerado garantido. Devemos preservar os mecanismos que sustentam a destruição criativa, para que não voltemos à estagnação”, afirmou John Hassler, presidente do comitê da premiação.
Segundo o comunicado da Real Academia de Ciências, Mokyr, Aghion e Howitt conseguiram explicar como a inovação “fornece o impulso” para o crescimento da economia.
“Joel Mokyr utilizou fontes históricas como um dos meios para descobrir as causas de o crescimento sustentado ter se tornado o novo normal. Ele demonstrou que, para que as inovações se sucedam em um processo autogerado, não precisamos apenas saber que algo funciona, mas também ter explicações científicas para o porquê. Ele também enfatizou a importância de a sociedade estar aberta a novas ideias e permitir a mudança”, explicou o comitê.
Já Aghion e Howitt construíram um modelo matemático para a aquilo que é conhecido como “destruição criativa”. “Quando um produto novo e melhor entra no mercado, as empresas que vendem os produtos mais antigos perdem. A inovação representa algo novo e, portanto, é criativa. No entanto também é destrutiva, pois a empresa cuja tecnologia se torna obsoleta é superada pela concorrência”, explicou a academia sueca.
Segundo a justificativa para o Nobel de Economia, os três mostraram, “de diferentes maneiras”, como a “destruição criativa cria conflitos que precisam ser administrados de maneira construtiva”, para evitar que a inovação seja “bloqueada por empresas estabelecidas e grupos de interesse”.
Na última segunda-feira (6), os americanos Mary Brunkow e Fred Ramsdell e o japonês Shimon Sakaguchi já haviam conquistado o Nobel de Medicina; na terça (7), o britânico John Clarke, o francês Michel Devoret e o americano John Martinis foram laureados com o de Física; na quarta (8), o japonês Susumu Kitagawa, o britânico Richard Robson e o jordaniano Omar Yaghi dividiram o de Química.
O escritor húngaro László Krasznahorkai foi premiado com o Nobel de Literatura na quinta (10), enquanto a opositora venezuelana María Corina Machado faturou o Nobel da Paz na sexta (11). (ANSA).