ROMA, 12 DEZ (ANSA) – A ativista iraniana de direitos humanos Narges Mohammadi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2023, e diversos outros militantes foram presos “violentamente” nesta sexta-feira (12) durante um evento em Meshed, no nordeste do Irã, diz denúncia de um grupo para os direitos humanos.
Segundo o relato, as detenções ocorreram durante uma cerimônia para homenagear o advogado Khosrow Alikordi, encontrado morto em seu escritório na semana passada. O marido de Mohammadi, Taghi Rahmani, confirmou, na redes sociais, sua prisão, acrescentando que a também ativista Sepideh Gholian foi detida no mesmo evento.
Mohammadi, que cumpre pena de 13 anos e nove meses de detenção por acusações relacionadas à segurança nacional, está em licença médica da prisão de Evin, em Teerã há um ano. Ela declarou que não retornaria voluntariamente ao presídio, o que configuraria um ato de desobediência civil.
A iraniana, que começou a se envolver com causas sociais ainda nos anos 1990, quando estudava física na universidade, já foi detida pelo regime por 13 vezes, acumulando cinco condenações e sentenciada a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas.
Mohammadi foi laureada com o Nobel da Paz em 2023 por “sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e pela promoção dos direitos humanos”.