Durante décadas, o nome VMware foi sinônimo de aplicações de virtualização em ambientes de TI. A solução ainda se mantém como padrão de mercado. Mas, após a compra da empresa pela Broadcom em 2022, uma série de mudanças nas licenças e o aumento do preço do VMware fizeram muitas empresas buscar outras soluções. Uma das concorrentes da VMware, a Red Hat tem feito esforços em aproveitar esse momento, e com bons resultados, segundo executivos da empresa.
“No Brasil, a demanda por migração de VMware para OpenShift cresceu 300% do ano passado para cá“, disse a jornalistas Alexandre Duarte, VP de Serviços da Red Hat para a América Latina, durante evento da empresa em São Paulo. O executivo afirmou que o mercado “não está mais em dúvida sobre a migração, a questão é quando”.
Gilson Magalhães, VP da Red Hat para a América Latina, ressaltou a importância da evolução da tecnologia de containers (em essência, aplicativos ‘empacotados’ que trazem todos os componentes necessários para rodar uma aplicação isoladamente) como outro fator para a queda das tradicionais soluções de virtualização. “A virtualização se popularizou nos anos 2000 como uma forma de corte de custos. Mas desde o surgimento da tecnologia de containers, não só da Red Hat, mas também de outras empresas, a virtualização tradicional já tem sua ‘morte’ decretada a médio e longo prazo. E a questão da VMware acelerou esse debate para muitas empresas”, afirmou.
Gilson observou ainda que a Red Hat possui uma solução de virtualização tradicional, que ainda é oferecida ao mercado. Mas sempre que possível oferece a possibilidade de modernização da infraestrutura de TI usando containers.
Sandra Vaz, diretora-geral da Red Hat para o Brasil, observou ainda que cada vez mais os clientes querem evitar situações de lock-in, ou seja, ficarem ‘presos’ a uma solução de uma só empresa. Com tradição em soluções e padrões abertos, a Red Hat leva então uma vantagem neste cenário, segundo a executiva.