No vácuo da VMware, Red Hat quer crescer em virtualização

Coluna: André Cardozo

Coluna que cobre temas como cloud computing, Inteligência Artificial e outras tendências do mundo da tecnologia. Editada por André Cardozo, jornalista com mais de 20 anos de experiência na cobertura de tecnologia

No vácuo da VMware, Red Hat quer crescer em virtualização

Empresa possui solução OpenShift, baseada em containers

Divulgação
Gilson Magalhães, Sandra Vaz e Alexandre Duarte, da Red Hat, durante conversa com jornalistas Foto: Divulgação

Durante décadas, o nome VMware foi sinônimo de aplicações de virtualização em ambientes de TI. A solução ainda se mantém como padrão de mercado. Mas, após a compra da empresa pela Broadcom em 2022, uma série de mudanças nas licenças e o aumento do preço do VMware fizeram muitas empresas buscar outras soluções. Uma das concorrentes da VMware, a Red Hat tem feito esforços em aproveitar esse momento, e com bons resultados, segundo executivos da empresa.

“No Brasil, a demanda por migração de VMware para OpenShift cresceu 300% do ano passado para cá“, disse a jornalistas Alexandre Duarte, VP de Serviços da Red Hat para a América Latina, durante evento da empresa em São Paulo. O executivo afirmou que o mercado “não está mais em dúvida sobre a migração, a questão é quando”.

Gilson Magalhães, VP da Red Hat para a América Latina, ressaltou a importância da evolução da tecnologia de containers (em essência, aplicativos ‘empacotados’ que trazem todos os componentes necessários para rodar uma aplicação isoladamente) como outro fator para a queda das tradicionais soluções de virtualização. “A virtualização se popularizou nos anos 2000 como uma forma de corte de custos. Mas desde o surgimento da tecnologia de containers, não só da Red Hat, mas também de outras empresas, a virtualização tradicional já tem sua ‘morte’ decretada a médio e longo prazo. E a questão da VMware acelerou esse debate para muitas empresas”, afirmou.

Gilson observou ainda que a Red Hat possui uma solução de virtualização tradicional, que ainda é oferecida ao mercado. Mas sempre que possível oferece a possibilidade de modernização da infraestrutura de TI usando containers.

Sandra Vaz, diretora-geral da Red Hat para o Brasil, observou ainda que cada vez mais os clientes querem evitar situações de lock-in, ou seja, ficarem ‘presos’ a uma solução de uma só empresa. Com tradição em soluções e padrões abertos, a Red Hat leva então uma vantagem neste cenário, segundo a executiva.