“Sem dúvida, a retomada econômica, pós-pandemia, será de forma sustentável. Não é uma moda”, avalia a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum. Na avaliação dela, esse movimento não tem volta, até porque as empresas precisam cumprir metas estabelecidas de redução de emissões.

Nesse cenário, a energia eólica tem muito a contribuir pelas características. É limpa, o preço da geração é competitivo e há um enorme potencial a ser explorado Brasil afora. “O futuro é renovável, competitivo e sem subsídio”, diz a executiva.

A multinacional brasileira de tecnologia Tivit captou bem essa cultura. Na sua primeira experiência no setor, a empresa firmou parceria para ser autoprodutora com a Casa dos Ventos e abastecer 100% do consumo do grupo.

O gasto com energia elétrica representa entre 7% e 8% dos custos da empresa. “Nossos escritórios já seguem uma tendência sustentável. Descontinuamos embalagens de plástico, fazemos reciclagem e agora temos energia limpa”, diz o diretor financeiro da companhia, Paulo Freitas.

Os projetos solares também têm sido opção das empresas para se tornaram autoprodutoras e mais sustentáveis. “Temos percebido o crescimento de dois movimentos: uma de empresas querendo ser autoprodutoras e outra de empresas (fora do setor) interessadas no negócio”, diz a vice-presidente de geração distribuída da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltáica (Absolar), Barbara Rubin.

Segundo ela, a fonte de energia tem sido ofertada no mercado como um diferencial de negócio dentro da energia verde. “O avanço da demanda pela fonte de energia vai crescer muito daqui para frente, já que muitas empresas reforçaram seus compromissos de serem mais sustentáveis.”

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Se não for no papel de autoprodutoras, as companhias vão tentar comprar a energia no mercado livre, diz ela.

Maior parque

De olho nesse avanço, a canadense Brookfield acabou de comprar o projeto de um parque solar em Janaúba, em Minas Gerais. O empreendimento, de 1,2 mil MW de capacidade, custará R$ 3 bilhões e ficará pronto em meados de 2022, diz André Flores, responsável pela área de energia renovável no Brasil da Brookfield Asset Management.

Toda a energia gerada por esse parque solar, que deve ser o maior da América Latina, deve ser negociado no mercado livre de energia. “Cerca de 75% do montante já está contratado.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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