Roxana Ruiz, 23, foi condenada a seis anos e dois meses de prisão na segunda-feira (15). A Justiça mexicana considerou que houve “excesso de legítima defesa” depois que ela matou o homem que a estuprou.

O caso:

  • A decisão proferida causou revolta e estimulou debates sobre o papel da Justiça no combate à violência de gênero;
  • Roxana já estava presa há dois anos por ter matado o homem que a violentou no município de Nezahualcóyotl, no Estado do México; De acordo com estatísticas oficiais, essa região é onde mais se comete feminicídios;
  • Além da prisão, Roxana foi condenada a pagar uma indenização de 285 mil pesos (cerca de R$ 80,2 mil) como indenização para a família do seu agressor;
  • A defesa da mulher tem 10 dias para recorrer da decisão;
  • Enquanto estava detida, Roxana escreveu uma carta na qual contou que estava tomando uma cerveja com uma amiga. Depois, um homem desconhecido insistiu para acompanhá-la até sua casa. Quando chegou à residência, ele pediu para dormir ali, pois morava longe;
  • Quando estava dormindo, Roxana foi agredida sexualmente pelo homem, que também bateu nela e a ameaçou. Para se defender, ela o sufocou com uma camiseta;
  • Durante o julgamento, a juíza Mónica Palomino afirmou que apenas “uma pancada na cabeça” teria sido o suficiente para deter o homem. “Se eu não tivesse me defendido, eu estaria morta”, finalizou Roxana.