A Argentina acabou com um jejum de 28 anos sem títulos ao conquistar neste sábado a Copa América, com uma vitória por 1 a 0 sobre o Brasil, anfitrião da competição, em pleno estádio do Maracanã.

No palco onde foram vice-campeões mundiais em 2014, os argentinos ficaram com o título do torneio sul-americano de seleções graças ao gol do meia Di María, no minuto 22.

E em sua quinta final com a Argentina, finalmente o atacante Lionel Messi alcançou seu primeiro troféu com a seleção, que se sagrou pela 15ª vez campeã continental, enquanto os brasileiros seguem com nove conquistas.

Além de se sagrar campeão, Messi se despede desta edição da Copa América eleito o melhor jogador da competição e como artilheiro do torneio, com quatro gols, ao lado do colombiano Luis Díaz.

– Final sem o protagonismo das estrelas –

A partida começou com os donos da casa com dificuldade para sair com a bola, enquanto os argentinos tinham mais posse, e logo aos 2 minutos, Fred levou um amarelo por entrada no lateral Montiel, punição que parece ter abalado o volante brasileiro que até ser substituído no intervalo (para entrada do atacante Roberto Firmino) não se encontrou em campo.

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E o duelo seguiu muito travado, com muitas faltas, e a primeira finalização da partida só veio no meio da primeira etapa, quando os visitantes abriram o marcador do Maracanã.

O meia De Paul, um dos destaques do encontro, fez um lançamento para Di María, que acabou aproveitando um erro do lateral Renan Lodi, que não conseguiu dominar a bola, e ficou cara a cara com Ederson. O meia encobriu o goleiro e a bola morreu no fundo das redes (22).

Com a desvantagem, a equipe brasileira tentou sair mais para o jogo, mas não conseguiu trocar passes curtos, por conta da forte marcação adversária.

– Pressão no fim sem efetividade –

Na volta do intervalo, o técnico Tite promoveu a entrada dos atacantes Gabriel Barbosa (no lugar de Lucas Paquetá) e Vinícius Júnior (substituindo Everton) para buscar pelo menos o empate para levar a decisão para forçar a prorrogação.

Mas o visitantes seguiram mais sólidos no setor defensivo e contaram com a sorte, já que no único vacilo o atacante Richarlison marcou um gol corretamente anulado por impedimento (aos 52).

Na metade final do duelo, o Brasil esteve mais presente no ataque, e teve dois lances de perigo com Gabriel Barbosa. O atacante mandou dois chutes, quase na sequência, que pararam nas mãos do goleiro Emiliano Martínez (aos 82 e 86).

Os argentinos também ameaçaram no fim. Aos 87, em contra-ataque fulminante, Messi recebeu de De Paul e partiu para ficar cara a cara com o goleiro brasileiro, mas acabou deixando a bola escapar, perdendo grande chance.

Já nos acréscimos, Emerson errou na saída de bola e De Paul aproveitou para finalizar à queima roupa para grande defesa de Ederson.

Depois disso, o árbitro decretou o fim do jogo e o título ficou com a Argentina, que enfim voltou a celebrar uma conquista após perder as últimas seis finais que disputou (Copa América 2004, 2007, 2015, 2016; Copa das Confederações 2005 e Copa do Mundo 2014).

– Ficha técnica da partida final da Copa América 2021:


Argentina-Brasil (1-0), de la

Local: estádio Maracanã (Río de Janeiro)

Árbitro: Esteban Ostojich (URU)

Gol:

Argentina: Di María (22)

Cartões amarelos:

Argentina: Paredes (33), Lo Celso (51), De Paul (68), Otamendi (81), Montiel (89)

Brasil: Fred (2), Lodi (70), Lucas paquetá (72), Marquinhos (82)

Equipes:

Argentina: Damian Martinez – Gonzalo Montiel, Cristian Romero (German Pezzela 79), Nicolás Otamendi, Marcos Acuna – Rodrigo De Paul, Ángel Di María (Exequiel Palacios 79), Leandro Paredes (Guido Rodriguez 54), Giovani Lo Celso (Nicolás Tagliafico 63), Lionel Messi (cap) – Lautaro Martínez (Nicolás González 79). T: Lionel Scaloni.

Brasil: Ederson – Danilo, Marquinhos, Thiago Silva (cap), Renan Lodi (Emerson 76) – Casemiro, Lucas paquetá (Gabriel 76) – Fred (Roberto Firmino 46), Everton (Vinícius Júnior 63), Richarlison, Neymar. T: Tite.

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