30/06/2019 - 9:05
Após reunião neste sábado, 29, que durou aproximadamente duas horas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, anunciaram uma nova trégua na guerra comercial travada entre as duas maiores economias do mundo e apontaram pela continuidade das negociações comerciais entre os dois países.
“As negociações estão de volta aos trilhos. Tivemos uma reunião muito boa com o presidente Xi. Eu diria excelente até”, disse Trump a repórteres após o encontro com o líder chinês, que ocorreu em Osaka, Japão, às margens da reunião de cúpula do G-20.
Os EUA ameaçavam impor tarifas de 25% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses que ainda não sofriam com barreiras comerciais. Caso as tarifas fossem impostas, praticamente todos os bens chineses importados pelos EUA seriam sobretarifados.
De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, Trump concordou em não impor as tarifas adicionais e os dois lados se mostraram dispostos em reiniciar as negociações comerciais com base na “igualdade e respeito”.
Além da retomada das conversas, Trump disse ter permitido que a gigante chinesa de telecomunicações Huawei pudesse voltar a comprar produtos americanos. De acordo com ele, as questões relativos à empresa serão resolvidas no fim das negociações comerciais. Em troca da trégua tarifária e das concessões à Huawei, Trump disse que os chineses comprarão ainda mais produtos agrícolas americanos. “Eles vão comprar tremendas quantidades de alimentos”, disse o americano.
Quanto às novas negociações, o presidente dos EUA disse que o trabalho com a China começará “de onde paramos” com a finalidade de que um acordo entre as duas partes seja alcançado.
Nota
O comunicado final da reunião de cúpula do G-20 reconheceu a intensificação das tensões geopolíticas e comerciais e apontou que essas questões são riscos à expansão da economia mundial.
“O crescimento global parece estar se estabilizando e, em geral, prevê-se uma recuperação moderada no fim deste ano e ao longo de 2020. No entanto, o crescimento permanece baixo e os riscos estão inclinados para o lado negativo”, diz o texto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.