Já que o debate econômico em torno da criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) virou Fla-Flu, quem entrou em campo, ligando para vários senadores, é Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo. Ele está nas graças dos meios futebolísticos pela gestão profissional na área de Finanças do clube, com expressiva redução do endividamento. Por sinal, querem no Rio que entre na política e saia candidato.

O detalhe: Eduardo foi funcionário de carreira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela criação do Fundo da Amazônia, e conhece muito bem os projetos do banco.

A votação da MP que cria a TLP em substituição à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) nos empréstimos do banco de fomento está prevista para ser votada nesta terça no plenário do Senado.

Bandeira de Mello defende que os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) continuem sendo remunerados pela TJLP. Como ele, outros ex-funcionários do BNDES, que hoje trabalham em várias empresas, como Vale, BRFoods, também estão telefonando para senadores conhecidos em defesa do banco.

É unanimidade entre eles, segundo senadores, que a questão não é taxa, mas sim o banco.