Após 13 dias da deflagração de uma megaoperação da Polícia Federal contra atos antidemocráticos em oito estados do País, inclusive no Espírito Santo, segue foragido o radialista capixaba Max Pitangui. Um dos principais investigados por insuflar os movimentos golpistas no estado, Pitangui teve o mandado de prisão preventiva decretado pelo ministro Alexandre de Moraes. A ordem deveria ter sido cumprida pela Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo, mas o paradeiro do investigado segue desconhecido.

De acordo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Pitangui, que disputou uma vaga de deputado estadual pelo PTB, vinha “reiterada e continuamente se manifestando de forma abusiva, questionando a lisura do pleito eleitoral e incitando a abolição do Estado Democrático de Direito mediante intervenção militar ou tomada violenta de poder”. No Twitter, o radialista chegou a se referir aos ministros do STF como “bandidos de capa preta” – e afirmou que “a maioria dos brasileiros estaria feliz da vida” se o prócer do seu partido, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, tivesse “abrido (sic) fogo” contra a Corte.

Na mesma operação, a Superintendência da PF no Espírito Santo também teve dificuldades para realizar a prisão de outro alvo, o pastor Fabiano Oliveira. Ele se abrigou no acampamento bolsonarista em frente ao 38 Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha, para escapar da prisão, e chegou a fazer uma live diretamente do local. Foi preso apenas quatro dias depois da deflagração da operação, em meio à repercussão negativa da demora dos policiais em dar cumprimento à ordem do Supremo. De acordo com a PF, ele não foi detido antes porque eventuais confrontos poderiam colocar em risco a integridade de terceiros.