No Dia Nacional do Funk, Kamilla Fialho destaca sucesso do gênero musical

Empresária ajudou a reescrever o caminho do funk e hoje celebra o impacto global do ritmo com um olhar crítico e realista

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Kamilla Fialho posa com Kevin O Chris. Foto: Divulgação.

A influenciadora e empresária Kamilla Fialho é uma das referências sobre transformação, estratégia e representatividade dentro de um universo musical que, por muito tempo, foi subestimado. À frente da K2L e da Lyons Produções, Kamilla já impulsionou a carreira de grandes nomes como Anitta, Lexa, Rebecca e atualmente lidera os projetos de Kevin O Chris, um dos maiores hitmakers da atualidade.

Sua trajetória no funk começou de maneira inusitada, como apresentadora do icônico
programa Furacão 2000.

“Quando entrei, eu não tinha noção da força cultural do funk. Era algo que eu ouvia, mas não entendia a profundidade do movimento nem sua
complexidade social”, recorda.

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Logo no início, Kamilla percebeu que, apesar da potência dos artistas, havia uma
carência de estrutura profissional.

“O que vi foi um cenário cheio de talento bruto, mas carente de gestão. Tinham vozes que arrastavam multidões, mas que sequer eram reconhecidas fora da cena dos bailes”, relembra.

Observadora e estratégica, ela entendeu que profissionalizar o segmento era necessário e um grande negócio.

“Os artistas passavam por dezenas de bailes, ganhando muito pouco por apresentações curtas e sem qualidade técnica. Ao trazer preparo e planejamento, conseguimos elevar o nível dos shows e atrair outro perfil de contratante”, explica.

Além da missão de estruturar um mercado informal, ela precisou enfrentar o preconceito por ser mulher em uma posição de liderança. Kamilla conta que, por muito tempo, precisou se moldar para parecer mais dura, menos feminina, como se usasse uma armadura, para ser levada a sério em um ambiente dominado por homens. Adotar uma postura mais masculina foi, segundo ela, uma estratégia de sobrevivência no início da carreira no funk.

Apesar dos obstáculos, a empresária ajudou a reescrever o caminho do funk. E hoje, celebra o impacto global do gênero com um olhar crítico e realista.

“O movimento que o funk viveu nesses últimos 20 anos em que estou trabalhando como empresária no gênero, sem dúvida, foi revolucionário. Vi Post Malone chamar o Kevin pra cantar, Beyoncé dançando funk no Rock in Rio, e hoje o The Weeknd lançando um feat com a Anitta em cima de um beat de funk de anos atrás”, diz.

“É um caminho lindo de ver, de aplaudir, mas que não pode nos fazer esquecer o
quanto foi construído com luta, muito trabalho e muitas vozes que foram silenciadas até aqui. Nunca foi fácil, não tem nada a agradecer, estamos apenas ocupando espaços que sempre foram nossos, mas dos quais nos tiraram o mérito durante anos”, completa.