Nome forte entre policiais e bombeiros militares do DF, o ex-deputado federal Alberto Fraga, presidente do DEM local, está na dúvida se fica no União Brasil (fusão DEM-PSL) ou se aceita convite de Valdemar da Costa Neto para entrar no PL do amigo presidente Jair Bolsonaro. O PSL pode perder para o PL a deputada bolsonarista Bia Kicis, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

O Partido Liberal começou uma ofensiva nacional , em especial na bancada federal em Brasília, para puxar filiados mandatários e potenciais nomes elegíveis em 2022. Tem na vitrine do Palácio do Planalto a ministra Flávia Arruda (PL), que sonha com projeto majoritário na capital. Valdemar aproveita indefinições de projetos políticos-eleitorais, e a disputa interna no União Brasil, para oferecer o que pode.

O alvo mais notório é Alberto Fraga. Ele informou ao União Brasil que quer presidir a legenda no DF, caso contrário ele se filia ao PL.

“Existe uma disputa sobre quem vai ficar com a presidência do União Brasil, então anunciei que se eu não for o presidente, não tenho outra alternativa a não ser sair do partido e procurar um que valorize quem tem voto. Então eu iria para o PL”, diz Fraga à Coluna.

Não bastasse o cenário indefinido, o ex-deputado acaba de anunciar apoio à pré-candidatura do senador Antonio Reguffe (Podemos) ao Governo do Distrito Federal. Ainda não é certo que o senador disputará o cargo.

O próprio Reguffe balança no Podemos. É que a entrada do ex-juiz Sergio Moro no partido gerou um desconforto em outros partidos que podem topar uma coalizão. Assim como em outros Estados, há uma rejeição política contra Moro, o ex-chefe da operação Lava Jato no Judiciário que enquadrou muita gente de terno e tailler, além de donos de partidos.