No Cristo Redentor, universidades pedem justiça climática

SÃO PAULO, 25 MAI (ANSA) – Os integrantes da Rede Universitária para o Cuidado da Casa Comum (RUC), que se reuniram no Rio de Janeiro, lançaram um chamado global por justiça climática durante um evento ocorrido aos pés do Cristo Redentor.   

O encontro marcou o encerramento do II Encontro Sinodal de Reitores de Universidades, realizado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O evento reuniu pessoa de mais de 230 faculdades públicas e privadas, além de ter celebrado os 10 anos da encíclica Laudato Si’, lançada em 2015 pelo papa Francisco.   

Os membros da RUC declararam que crise climática enfrentada pelo planeta “não é uma ameaça futura”, mas uma “realidade presente que tem maior impacto sobre os povos e territórios mais vulneráveis”. Além disso, o texto cobra mais ações das instituições de ensino em razão de suas “responsabilidades ética, científica e pedagógica”.   

O documento ainda menciona “um apelo urgente ao exercício efetivo da justiça ecológica, social e ambiental que atenda aos clamores da Terra e dos povos mais desfavorecidos”.   

Mencionado o Acordo de Paris, a RUC convidou os países, atores financeiros e organizações multilaterais a promoverem o “equilíbrio entre a dívida pública dos países menos industrializados e a dívida ecológica dos países mais desenvolvidos”.   

O texto é finalizado pedindo um “diálogo sincero” e uma “escuta atenta” para “concordar com estratégias globais de cuidado compartilhado”.   

O Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (CELAM), através de seu secretário-geral, dom Lizardo Estrada, mencionou que não é mais possível “ignorar que vivemos uma única crise, tanto climática quanto social”.   

O religioso acrescentou que “não podemos permanecer em silêncio quando nossos povos sofrem deslocamentos, doenças e a perda de suas raízes e cultura como consequência direta da degradação ambiental”. (ANSA).