Pela sexta vez, Michael Phelps veio ao Brasil e participou de um evento super concorrido no HSM Expo 2017, que está sendo realizado em São Paulo. A estadia anterior havia sido nos Jogos do Rio, quando ele subiu ao pódio seis vezes e chegou a 28 medalhas olímpicas, sendo 23 de ouro. “Vocês estão vendo o verdadeiro Michael Phelps, era isso que queria mostrar. Foram os Jogos mais bacanas para mim”, afirmou o nadador, lembrando que vinha de um período muito difícil após os Jogos de Londres.

Ele participou da palestra “Sem limites, a incansável busca pela excelência”, que contou ainda com a presença de seu técnico, Bob Bowman. Phelps mostrou descontração o tempo todo, exceto quando falou do período turbulento de sua carreira. Aí, ele ficou sério. “Depois de 2012, fiquei frustrado, me aposentei e não queria mais ser atleta. Disputei aquela Olimpíada por causa de patrocinadores e foi meio que fingir. Tive os resultados que mereci. Depois de um ano e meio, falei que iria voltar para concluir minha carreira do jeito que queria”, contou.

Antes de decidir competir no Rio, Phelps passou por maus bocados. “Não queria mais viver, ficava no quarto de três a cinco dias sem querer ver o sol ou falar com alguém. Decidi mudar, fui buscar ajuda e durante esse processo consegui descobrir quem eu era e gostar de mim desse jeito. Abandonei alguns hábitos, foram 25 dias para me conhecer mais. Só tinha visto meu pai cinco vezes durante 20 anos, é difícil para um garoto, mas ele me ajudou nisso.”

O fenômeno das piscinas explanou sobre sua trajetória desde garotinho, quando começou com 11 anos a nadar sob o comando de Bob Bowman. “Lembro que tivemos uma reunião com minha mãe, falando do potencial que eu tinha. Ele falava que em quatro anos iria disputar uma Olimpíada. Quando ele falou isso, acreditando em mim, parei com beisebol, lacrosse, futebol… Me concentrei na natação. Quatro anos depois, participei da primeira equipe olímpica depois disso e vi que ele tinha razão. Então, quis ganhar medalha de ouro, quebrar recordes, e o Bob foi quem me orientou e me guiou. O que poderíamos fazer juntos não tinha limite”, comentou.

Para o técnico, desde cedo ele era um talento nato. “Eu me lembro como se fosse hoje: no primeiro treino, ele fez coisas que nenhum menino de 11 anos tinha feito antes. Me contive e falei apenas: ‘Até amanhã’. Fui embora e pensei: ‘Esse menino é tão bom que eu tenho de melhorar’. Ele era muito avançado e foi um processo contínuo de elevar o padrão”, disse.

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