SÃO PAULO, 18 OUT (ANSA) – Por Lucas Rizzi – Piero Barone se enquadra no perfil de alguém realizado. Ao lado dos amigos Ignazio Boschetto e Gianluca Ginoble, o jovem tenor alcançou o estrelato mundial com o trio italiano Il Volo, famoso por dar um verniz pop à música clássica e que completa 10 anos de carreira em 2019.   

No entanto, apesar do sucesso que arrebata fãs mundo afora, Barone ainda não alcançou todos os seus objetivos na música. Em entrevista à ANSA, ele revela que sonha com um prêmio no Grammy e em estrear como tenor em um teatro de ópera.   

A conversa ocorreu durante a turnê de Il Volo pelo Brasil, que começou em Brasília e ainda passará por Curitiba (19/10), Porto Alegre (22/10), São Paulo (24 e 25/10) e Rio de Janeiro (27), como parte das celebrações pelos 10 anos de carreira do grupo.   

“Essa turnê é como se estivéssemos festejando nosso aniversário, então as pessoas estão convidadas para a festa”, diz Barone, que também fala sobre suas aspirações, as conquistas alcançadas até aqui – incluindo uma emocionante apresentação para o papa Francisco – e sobre o “mágico” público brasileiro. Confira a entrevista abaixo: ANSA: Vocês já vieram muitas vezes ao Brasil, o que tanto lhes agrada no país e no público brasileiro? Barone: O público brasileiro é muito afetuoso. Sempre demonstrou afeto, amor e alegria durante nossas chegadas, durante nossos shows aqui no Brasil. Para nós, é um público mágico.   

ANSA: Quais são os principais mercados do trio fora da Itália? Barone: Um dos países muito importantes são os Estados Unidos, mas também tem os da América Central, Brasil, Japão. O Brasil entra no grupo dos principais países para nós.   

ANSA: O que o público brasileiro pode esperar de novidade nessa turnê? Barone: Esse é um show diferente porque estamos festejando 10 anos de carreira. É como se estivéssemos festejando nosso aniversário, então as pessoas estão convidadas para a festa. Ver certas pessoas, alguns fãs que conhecemos 10 anos atrás… É como se tivéssemos crescido juntos, é uma alegria imensa.   

ANSA: Já são 10 anos de carreira. Quais são os momentos mais inesquecíveis dessa trajetória? Barone: Os nossos 10 anos nos presentearam com grandes emoções, tivemos o privilégio de colaborar com grandes artistas da música internacional, como Barbra Streisand, Plácido Domingo, Andrea Bocelli. Neste ano, tivemos o privilégio de cantar para sua santidade papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude [no Panamá, em janeiro]. Foi a performance que consagrou nossos 10 anos de carreira.   

ANSA: Desde o início o grupo tinha como objetivo popularizar a música clássica entre os jovens? Barone: Sim, sempre foi nosso objetivo. Claro, é preciso dizer uma coisa: a música clássica não morrerá nunca, porque clássico significa eterno. Mas, infelizmente, há muitas pessoas que não escutam música clássica, mas não porque não gostam, e sim porque não conhecem. Não tem um mensageiro para apresentá-las à música clássica. Então buscamos seguir os passos de nossos ídolos, como Plácido Domingo, Pavarotti, de fazer nossos coetâneos conhecerem esse gênero musical.   

ANSA: Podemos considerar que esse objetivo foi alcançado? Barone: Nunca se diz que um objetivo foi alcançado. Estamos trabalhando. Isso te dá a motivação para continuar, para não perder a paixão e a determinação naquilo que se faz.   

ANSA: Algum de vocês já pensou ou pensa em seguir carreira solo? Barone: Não. Absolutamente, não. Claro que temos personalidades diferentes. Eu, dos três, sou aquele que ama muito a ópera, gosto muito do mundo da lírica. Um dia gostaria de estrear em um teatro como tenor, mas isso não significa que gostaria de me afastar do grupo. Pelo contrário, isso daria prestígio ao nome Il Volo.   

ANSA: O disco “Musica” mistura três faixas inéditas do grupo com canções clássicas. Para vocês, é melhor interpretar as próprias músicas ou aquelas que estão no imaginário popular? Barone: Gostamos muito de cantar músicas da tradição italiana, que fazem parte de nossa cultura. Gostamos de cantar nossas músicas, mas nosso objetivo é divulgar o máximo possível o “bel canto”.   

ANSA: Quais objetivos e sonhos vocês ainda não alcançaram nestes 10 anos? Barone: Os sonhos são muitos. Continuar a fazer parcerias com grandes artistas, ver cantores emergentes que cantam esse gênero musical, mas um de nossos objetivos é vencer o Grammy americano.   

ANSA: O que você já pode falar sobre o novo álbum, “10 Years”, que será lançado em 8 de novembro? Barone: Esse disco tem aquilo que fizemos em 10 anos. Ele explica exatamente qual é a personalidade de Il Volo, quem é Il Volo, a verdadeira identidade de Il Volo.   

ANSA: Vocês já têm planos de retornar ao Brasil em 2020? Barone: Absolutamente. (ANSA)