No dia 27 de março deste ano, o manobrista Luciano Vieira Ferreira, de 27 anos, foi com o amigo Claudio Henrique Lima de Paula, 27, até o Rodoanel Mário Covas, onde ocorria um encontro de motoqueiros. Na volta para as suas casas, os dois foram abordados pela Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (ROCAM) na rua Guavirituba, em Santo Amaro (SP). Enquanto o garupa era revistado, o policial Eder Diego Worn atirou duas vezes e matou Luciano. Em um vídeo gravado por testemunha, o agente teria dito: “No boletim, será dado um jeito”. As informações são do UOL.

Conforme o boletim de ocorrência registrado no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Luciano Vieira morreu a caminho de um hospital no M’Boi Mirim, na zona sul. O policial Worn afirmou que estava com o seu parceiro Jorge Araújo Correia na avenida Guido Caloi quando foram informados sobre um roubo.

Testemunhas relataram que os suspeitos estavam em uma moto. Nesse momento, três motocicletas passaram pelos agentes. Eles perderam duas de vista, mas conseguiram abordar a moto de Luciano Vieira.

Ainda segundo o policial Eder Worn, Luciano teria resistido à abordagem e, em um determinado momento, levou a mão até a cintura. Por acreditar que ele estava armado, o agente efetuou dois disparos.

Depois, os policiais teriam constatado que o manobrista tinha porte ilegal de arma.

Após o crime, um revólver calibre 38, que supostamente pertencia a Luciano, e uma pistola Taurus 40, do policial Worn, foram apreendidas.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o manobrista não tinha antecedentes criminais.

O UOL procurou os familiares de Luciano, mas eles não quiseram conceder entrevista por medo de retaliação. Apenas afirmaram que ele não possuía arma de fogo.

A reportagem também entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) para obter mais informações sobre o caso, porém não obteve retorno.