Nº 1 da Inteligência argentina é citado na Lava Jato

ROMA, 02 MAR (ANSA) – O diretor da Agência Federal de Inteligência da Argentina, Gustavo Arribas, estaria envolvido em escândalo de corrupção investigado pela Operação Descartes – um desdobramento da Lava Jato.   

Ele teria ligação com um esquema criado pelo Consórcio Soma, de produtos de limpeza, que usava empresas de fachada para desviar recursos. Uma delas teria transferido US$ 850 mil a Arribas.   

O consórcio contatava empresas de fachada para a emissão de notas fiscais falsas de produtos de limpeza. Quando os recibos eram emitidos, o Soma transferia o valor para as companhias. De acordo com o delegado da Polícia Federal do Brasil Victor Hugo Rodrigues Alves Ferreira, esse dinheiro “saiu do Brasil, passou por uma conta em Hong Kong e foi parar na Argentina, em uma conta ligada ao diretor de Inteligência daquele país”.   

Segundo a PF brasileira, as acusações foram baseadas em depoimentos dos doleiros Alberto Youssef e Leonardo Meirelles, que colaboraram com a Lava Jato. Em 2017, Arribas fora acusado de receber propinas da empreiteira brasileira Odebrecht, assim como o presidente argentino, Mauricio Macri.   

Meirelles, através de delação, disse que Arribas teria recebido cinco transferências, totalizando US$ 594,5 mil. (ANSA)