Diagnosticada com síndrome de burnout em outubro do ano passado, a jornalista Izabella Camargo, que trabalhava na Globo e chegou a trabalhar no governo Bolsonaro, concedeu entrevista ao UOL e falou sobre a doença. “Ninguém que tem burnout é feliz. Essa infelicidade vem pelo sentimento de desvalorização e no final você renuncia a coisas caras”, disse.

Izabella chegou a ser afastada da Globo para que tratasse da doença. Pouco tempo após retornar da licença médica, a jornalista foi demitida. Na entrevista, ela também falou sobre o assunto, como um verdadeiro baque. “Foi o momento mais violento da minha vida. Eu me senti pior do que quando fui assaltada na porta de casa”, disse. “O pior dia da minha vida foi voltar e ouvir da minha chefe que eu não servia mais”, completou.

Por fim, a jornalista também comentou sobre o período em que trabalhou na equipe de comunicação do Ministério de Ciência e Tecnologia. Nesse cargo, Izabella chegou a ter seis episódios de burnout, sendo que o último a levou ao hospital.

“Meu corpo estava gelado, mas minha cabeça explodindo e quente. Tinha enjoos, taquicardia, mão gelada, boca seca e transpirava muito”, finalizou. Após o episódio, ela sentiu que ainda não estava pronta para voltar à ativa, precisava de uma pausa e pediu exoneração do cargo.

Atualmente, Izabella se tornou ativista e participa de diversas palestras de conscientização sobre a síndrome do burnout. Ela pretende ainda lançar um livro sobre burnout.

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