Nikki Haley promete não desistir de disputa contra Donald Trump

WASHINGTON, 23 JAN (ANSA) – Última concorrente de Donald Trump na busca por se candidatar à presidência americana pelo Partido Republicano, a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley afirmou nesta terça-feira (23), dia das prévias da sigla em New Hampshire, que não desistirá da disputa.   

“Esta corrida não é ‘sprint’, é uma maratona. Continuarei, independentemente do resultado das primárias em New Hampshire”, garantiu a repórteres em Hampton, definindo como “um bom começo” o fato de ter conquistado todos os seis votos dos delegados da pequena cidade de Dixville Notch, primeira a votar.   

“Começamos [a corrida] em 14, e sobramos dois. Não estou aqui por sorte, mas porque derrotei os outros candidatos. Não é o Partido Republicano, mas a elite política que apoia Donald Trump, 70% dos americanos não querem uma reedição do duelo Biden-Trump”, afirmou a também ex-embaixadora americana na Organização das Nações Unidas (ONU).   

Trump, por sua vez, afirmou no fim da noite de segunda-feira que “Nikki Haley está aliada com os comunistas e os extremistas de esquerda”: “As pessoas que apoiam Nikki são pró-China, pró-Biden. Ela quer aumentar a idade da aposentadoria e taxar os trabalhadores”.   

Haley se tornou a única desafiante remanescente do de Trump quando, no último domingo (21), o governador da Flórida, Ron DeSantis, se retirou da corrida, prometendo apoio ao ex-presidente.   

O movimento ocorreu após a derrota indiscutível no cáucus de Iowa, quando o advogado foi superado por Trump em 30 pontos percentuais.   

Outros postulantes, como o bilionário Vivek Ramaswamy e o senador Tim Scott, também já haviam desistido da disputa, prometendo apoio a Trump.   

Apesar da baixíssima probabilidade de triunfo segundo as pesquisas eleitorais, Haley, vista como moderada, aposta no apoio de republicanos contrários a Trump e de eleitores que se declaram independentes.   

Em seus últimos compromissos públicos, ela passou a levantar dúvidas sobre a aptidão mental do magnata, citando declarações que demonstrariam “confusão”, como quando ele trocou seu nome pelo da ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, e ocasiões em que disse ter disputado a presidência contra Barack Obama, o que nunca ocorreu.   

A estratégia mimetiza o que o próprio Trump busca fazer contra o atual presidente e candidato à reeleição pelo Partido Democrata, Joe Biden.   

Haley, porém, que tem 52 anos de idade, questiona se o país deseja ter uma disputa entre um candidato de 77 anos, Trump; e um de 81, Biden. (ANSA).