Os Estados Unidos promovem, atualmente, uma ofensiva contra a Venezuela que ganha contornos cada vez mais concretos, incluindo a presença de helicópteros militares americanos no Caribe. Eles chamaram atenção por pertencerem ao grupo “Night Stalkers”, uma espécie de frota especial responsável pela operação que executou Osama Bin Laden.
O uso de veículos dessa capacidade indica o teor dos ataques norte-americanos, especialmente aliado à autorização de ações secretas da CIA dentro do país de Nicolás Maduro.
Para endossar ações contra a Venezuela, as forças americanas se aproveitam do estereótipo latinoamericano, semelhante ao que já ocorreu com árabes e muçulmanos. Criando a imagem de “narcoterroristas”, a Casa Branca também legitima ações de combate direto e permite operações como a que matou Bin Laden.
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O que são os ‘Night Stalkers’?
O grupo conhecido como 160th Special Operations Aviation Regiment (Airborne) (160º SOAR), apelidado de “Night Stalkers” (Caçadores Noturnos), é uma unidade de aviação de operações especiais do United States Army criada oficialmente em 16 de outubro de 1981.
A sua missão principal é fornecer apoio aéreo para forças especiais – infiltração, extração, transporte e ataque – em condições de alto risco, muitas vezes à noite ou em locais remotos.
Capacidade técnica
Os Night Stalkers operam helicópteros altamente modificados – modelos como o MH-60 Black Hawk, MH-47 Chinook, e versões leves como o AH/MH-6 Little Bird fazem parte de seu aparato.
Eles são treinados para voar em baixíssima altitude, muitas vezes em absoluta escuridão, com equipamentos de visão noturna, em clima adverso e terrenos hostis – precisamente para manter o fator surpresa e minimizar detecção.
A unidade exige elevado padrão de seleção: os aviadores e equipes de apoio passam por cursos especializados e devem comprovar aptidão para operações que, por sua natureza, implicam risco elevado.
Participação na operação que matou Bin Laden
Em 1º de Maio de 2011, durante a Operation Neptune Spear, os Night Stalkers desempenharam o papel de transportar a equipe de operações especiais que invadiu o complexo de Bin Laden em Abbottabad, Paquistão.
Segundo os relatos públicos, a missão envolveu helicópteros modificados, com sigilo elevado. Um dos helicópteros sofreu problemas durante a inserção e fez uma aterrissagem forçada, mas a missão prosseguiu com sucesso.
A unidade foi responsável pela infiltração, cobertura e extração dos elementos envolvidos – o que inclui não apenas pilotos, mas toda a logística aérea e tática que permitiu a ação acontecer com o nível de precisão alcançado.