Os militares que tomaram o poder no Níger anunciaram neste domingo (6) o fechamento de seu espaço aéreo “diante da ameaça de intervenção”, alertando que qualquer tentativa de violá-lo teria uma “resposta enérgica e imediata”.

“Diante da ameaça de intervenção, que se torna mais clara devido à preparação dos países vizinhos, o espaço aéreo nigerino está fechado a partir deste domingo (…) para todas as aeronaves até segunda ordem”, afirmaram em comunicado, no qual especificam que “qualquer tentativa de violação do espaço aéreo” resultará em “uma resposta enérgica e imediata”.

O anúncio ocorreu poucos minutos antes do fim do ultimato do bloco da África Ocidental (Cedeao) aos militares para que devolvessem o poder ao presidente democraticamente eleito, Mohamed Bazoum.

Bazoum foi deposto em 26 de julho, quando membros de sua própria guarda o detiveram.

A Cedeao deu aos novos governantes militares do Níger, o Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP), um prazo de sete dias para se retirarem ou enfrentarem uma possível intervenção militar.

Em outro comunicado, o CNSP disse que houve um “desdobramento anterior para a preparação da intervenção em dois países da África Central”, sem especificar quais. “Qualquer Estado envolvido será considerado cobeligerante”, acrescentou.

As fronteiras terrestres e aéreas do Níger com cinco países vizinhos (Argélia, Burkina Faso, Líbia, Mali e Chade) foram reabertas em 2 de agosto, quase uma semana após terem sido fechadas durante o golpe de Estado.

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