Nicola Pietrangeli é velado em templo do tênis em Roma

ROMA, 3 DEZ (ANSA) – O corpo do ex-tenista italiano Nicola Pietrangeli, morto na última segunda-feira (1º), aos 92 anos, foi velado nesta quarta (3) na quadra que carrega seu nome no Foro Italico, principal complexo esportivo de Roma.   

O Estádio Nicola Pietrangeli recebe todos os anos o Masters 1000 da capital da Itália, um dos torneios mais tradicionais do tênis mundial, e se caracteriza pelas arquibancadas abaixo do nível do solo, decoradas por um conjunto de 18 estátuas de atletas olímpicos feitas com mármore de Carrara.   

O caixão de Pietrangeli foi colocado sobre o saibro sagrado de Roma, cercado por coroas de flores e ao lado do troféu da Copa Davis de 1976, conquistada pela Itália com o ex-tenista como capitão, ao som de músicas de Charles Aznavour.   

“Está tudo como ele queria”, disse Marco, filho de Pietrangeli. Já o presidente da Federação Italiana de Tênis e Padel (Fitp), Angelo Binaghi, declarou que o ex-atleta era o maior símbolo de seu esporte no país. “Ele foi o tênis italiano”, acrescentou.   

O ministro do Esporte, Andrea Abodi, também marcou presença em um dia de “doce tristeza” no Foro Italico. “Ele representava a excelência das pessoas”, salientou. O velório foi encerrado ao som das notas de “My Way”, clássico de Frank Sinatra, como Pietrangeli também desejava.   

O italiano foi considerado um dos 10 melhores tenistas do mundo entre 1957 e 1964, período em que conquistou duas vezes o Grand Slam de Roland Garros (1959 e 1960), feito inédito para o país.   

Além disso, faturou 44 títulos em simples na carreira, incluindo três em Monte Carlo e dois em Roma, torneios equivalentes aos atuais Masters 1000. Seu melhor ranking foi a terceira posição, em 1959.   

Pietrangeli também foi campeão de Roland Garros em duplas masculinas, em 1959, e em duplas mistas, em 1958, e é o recordista mundial de partidas disputadas (164) e vencidas (120) na Copa Davis, a “Copa do Mundo do tênis”.   

Ele era considerado o maior tenista da história da Itália até o surgimento de Jannik Sinner, dono de quatro títulos de Grand Slam em simples (dois no Aberto da Austrália, um em Wimbledon e um no US Open). (ANSA).